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A investida de Israel em Gaza equivale a um “genocídio”, diz o primeiro-ministro do Iraque

O primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, no país, em Bagdá, Iraque, em 27 de janeiro de 2024 [AP/Hadi Mizban/Pool/Agência Anadolu]
O primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, no país, em Bagdá, Iraque, em 27 de janeiro de 2024 [AP/Hadi Mizban/Pool/Agência Anadolu]

O primeiro-ministro iraquiano, Muhammed Shia Al-Sudani, disse na quarta-feira que o ataque contínuo de Israel à Faixa de Gaza equivale a um “genocídio”, informa a Agência Anadolu.

O primeiro-ministro iraquiano reuniu-se em Bagdá com Uzra Zeya, subsecretário de Estado dos EUA para segurança civil, democracia e direitos humanos.

“O que está acontecendo em Gaza não tem precedentes. É uma violação flagrante dos direitos humanos e equivale a genocídio”, disse Al-Sudani durante a reunião, conforme citado em um comunicado emitido por seu escritório.

Ele disse que a maioria das vítimas em Gaza são mulheres e crianças, pedindo mais esforços para interromper a guerra israelense contra os palestinos.

Israel empreendeu uma ofensiva brutal contra o enclave palestino desde um ataque transfronteiriço do Hamas em 7 de outubro passado, que matou cerca de 1.200 pessoas.

Entretanto, desde então, foi revelado pelo Haaretz que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela resistência palestina.

Desde então, mais de 34.800 palestinos foram mortos em Gaza, a grande maioria mulheres e crianças, e outros 78.400 ficaram feridos, de acordo com as autoridades de saúde palestinas.

Após sete meses de guerra israelense, vastas áreas de Gaza ficaram em ruínas, levando 85% da população do enclave ao deslocamento interno em meio a um bloqueio paralisante de alimentos, água potável e medicamentos, de acordo com a ONU.

Israel é acusado de genocídio pela Corte Internacional de Justiça (ICJ) que, em janeiro, emitiu uma decisão provisória que ordenou que o país parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

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