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Universidade de Columbia suspende aulas presenciais por atos pró-Palestina

Protestos pró-Palestina chegam ao quinto dia consecutivo na Universidade de Columbia, apesar da reitoria ordenar repressão policial, em Nova York, 21 de abril de 2024 [Lokman Vural Elibol/Agência Anadolu]

Estudantes da Universidade de Columbia não tiveram aulas presenciais nesta segunda-feira (22) após a administração decidir por classes on-line a fim de desescalar tensões no campus, agravadas pela repressão policial contra um acampamento pró-Palestina.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Em comunicado emitido hoje, Nemat Shafik, presidente de Columbia, alegou cancelar as aulas devido a supostos comportamentos intimidadores e linguagem antissemita no campus.

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“Tensões foram exploradas e intensificadas por indivíduos alheios a Columbia, que vieram ao campus para impor sua agenda pessoal”, alegou Shafik. “Precisamos recomeçar”.

Nos últimos meses, instituições de ensino superior nos Estados Unidos foram submetidas a pressão por oligarcas doadores, que buscam censurar críticas e protestos civis contra o genocídio israelense em Gaza, incorrendo em um novo clima de macartismo.

Políticos sionistas adotaram a alegação de “antissemitismo” para difamar professores, estudantes e pesquisadores nos campi, incluindo mediante suspensões coletivas e demissões de acadêmicos proeminentes.

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Estudantes progressistas, no entanto, desafiaram a repressão em Columbia ao organizar o Acampamento de Solidariedade Palestina.

Na semana passada, ao menos cem estudantes foram presos a mando da reitoria.

Os protestos em Columbia lembram as manifestações estudantis contra a Guerra do Vietnã, há mais de 50 anos.

Israel mantém ataques indiscriminados contra a Faixa de Gaza há mais de seis meses, deixando 34 mil mortos, 76 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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