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Israel prende mais de 6.200 palestinos na Cisjordânia ocupada desde 7 de outubro

Forças israelenses invadem campo de refugiados de Nur Shams, na região de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, em 4 de janeiro de 2024 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

Forças israelenses prenderam ao menos 6.225 palestinos na Cisjordânia ocupada desde 7 de outubro, segundo as últimas estimativas da Comissão para Assuntos dos Detidos Palestinos e da Sociedade dos Prisioneiros Palestinos, organizações que monitoram a situação dos presos políticos nas cadeias de Israel.

Os números — que abarcam também indivíduos detidos arbitrariamente e libertados desde então — incluem 210 mulheres e 355 menores de idade, além de 50 jornalistas.

Sete palestinos morreram nas cadeias de Israel, acrescentou o relatório.

“As campanhas de prisão, em curso desde 7 de outubro, são acompanhadas pela escalada dos crimes e das violações israelenses, incluindo assédio, espancamento e ameaças contra presos e suas famílias, além de vandalização e destruição de casas”, observou a nota.

Israel mantém bombardeios a Gaza desde 7 de outubro, deixando mais de 25 mil mortos, 60 mil feridos e dois milhões de desabrigados — em maioria, mulheres e crianças.

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Na Cisjordânia, forças israelenses intensificaram atos de violência colonial e pogroms contra aldeias e cidades, incluindo esforços de prisão em massa que dobraram, em certo momento, a população carcerária palestina.

A maioria dos palestinos presos permanece em custódia sob detenção administrativa, isto é, sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.

O mês de dezembro se encerrou com 8.800 prisioneiros palestinos nas cadeias de Israel. Os números, no entanto, excluem indivíduos detidos em Gaza, muitos dos quais desaparecidos na rede penitenciária israelense, sujeitos a tortura e outras violações.

As estimativas de janeiro devem exceder os índices prévios, após novas incursões a diversas áreas da Cisjordânia ocupada, com destaque para a região de Tulkarem.

Na noite passada, segundo a Al Jazeera, forças coloniais voltaram a invadir a cidade de Jenin, em particular, a aldeia de Arraba.

Outras áreas alvejadas pela mais recente campanha foram os bairros de al-Irsal e Ein Misbah e a aldeia de Umm Safa, na região de Ramallah; as aldeias de Jama’in, Duma e Deir al-Hatab e a cidade de Beita, nos arredores de Nablus; o campo de refugiados de al-Fawwar, ao sul de Hebron; Beit Fajjar, ao sul de Belém; e Zeita, ao norte de Tulkarem.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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