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Procurador da Argélia pede pena de morte para o filho do ex-primeiro-ministro Ali Benflis

Ali Benflis, ex-primeiro-ministro e candidato à presidência, durante sua campanha eleitoral em Argel, Argélia, em 08 de dezembro de 2019 [Billal Bensalem/NurPhoto via Getty Images]
Ali Benflis, ex-primeiro-ministro e candidato à presidência, durante sua campanha eleitoral em Argel, Argélia, em 08 de dezembro de 2019 [Billal Bensalem/NurPhoto via Getty Images]

A promotoria do Tribunal Penal de Apelação em Argel pediu a pena de morte contra o filho do ex-primeiro-ministro e candidato à presidência, Ali Benflis, sob a acusação de tentar prejudicar a “economia nacional” e de se comunicar com um país estrangeiro.

O promotor público no julgamento preliminar também havia solicitado a pena de morte, mas ela foi posteriormente comutada para 15 anos de prisão.

O caso remonta à época em que o filho de Benflis era proprietário de um escritório de advocacia que havia obtido ilegalmente documentos confidenciais relacionados à compra de 15 aeronaves oferecidas pela Air Algerie, por meio de um comissário de bordo que fez a intermediação entre ele e o Diretor Adjunto de Transações da Air Algerie, em troca de ajudá-los a obter a cidadania canadense.

O réu, que tem cidadania canadense, enfrentou acusações relacionadas à solicitação de um funcionário público para cometer um crime, além de financiamento oculto de um partido político e enriquecimento ilícito.

Os outros réus enfrentaram acusações de contravenção, incluindo concessão de privilégios injustificados no campo de transações públicas, suborno e abuso de poder.

Em 26 de julho de 2021, o jornal argelino Echorouk noticiou que a investigação concluiu que o réu havia viajado ao Marrocos para participar do Fórum Econômico Africano a fim de garantir oportunidades de estabelecer parcerias com os países participantes da conferência. Lá, ele se encontrou com o ex-conselheiro do rei Hassan II, M.A., que lhe contou sobre o apoio das autoridades marroquinas aos partidos separatistas da Argélia que estão classificados em listas de terrorismo, de acordo com a mesma fonte.

O réu também confessou ter tido reuniões com autoridades francesas.

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