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Bélgica adverte que a ordem de evacuação de Rafah de Israel e a invasão levarão a um massacre

Petra De Sutter, vice-primeira-ministra e ministra de Serviços Civis e Empresas Estatais da Bélgica, no Parlamento Federal em Bruxelas, em 30 de novembro de 2023 [Eric Lalmand/Belga Mag/AFP via Getty Images]
Petra De Sutter, vice-primeira-ministra e ministra de Serviços Civis e Empresas Estatais da Bélgica, no Parlamento Federal em Bruxelas, em 30 de novembro de 2023 [Eric Lalmand/Belga Mag/AFP via Getty Images]

A Bélgica alertou na segunda-feira que a ordem de evacuação de Rafah de Israel e a invasão anunciada levarão a um massacre, acrescentando que Bruxelas está trabalhando em outras sanções contra Tel Aviv, informou a agência de notícias Anadolu.

“O pedido israelense para a evacuação dos cidadãos e refugiados de Rafah e a invasão anunciada levarão a um massacre”, disse a vice-primeira-ministra Petra De Sutter no X. “A Bélgica está trabalhando em novas sanções contra (Israel)”.

Sutter acrescentou que ela se reunirá com o ministro palestino das Relações Exteriores, Riad Maliki, neste meio-dia.

O exército israelense emitiu na manhã de segunda-feira ordens urgentes de evacuação para residentes palestinos e indivíduos deslocados em várias áreas do leste de Rafah, instando-os a se mudarem imediatamente para a cidade de al-Mawasi.

Os militares também publicaram mapas em suas contas de mídia social ilustrando as rotas de evacuação.

De acordo com a Rádio do Exército, a decisão de evacuar os residentes do leste de Rafah foi tomada no final do domingo em uma sessão do Gabinete. A rádio disse que cerca de 100.000 civis, que se acredita estarem presentes na área, serão evacuados.

Desde 7 de outubro, o ataque israelense matou cerca de 34.700 palestinos, a maioria mulheres e crianças, além de causar uma catástrofe humanitária.

Mais de sete meses após o início da guerra israelense, vastas áreas de Gaza estão em ruínas, levando 85% da população do enclave ao deslocamento interno, além de um bloqueio paralisante de alimentos, água potável e medicamentos, de acordo com a ONU.

Israel é acusado de genocídio pela Corte Internacional de Justiça (ICJ) que, em janeiro, emitiu uma decisão provisória que ordenou que o país parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

LEIA: Bélgica promete liderar reavaliação de acordo Israel-União Europeia

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