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Centenas de palestinos evacuam do leste de Rafah em meio a ordens israelenses de evacuação

Centenas de palestinos saíram às ruas com os poucos itens que puderam levar após o anúncio do exército israelense de evacuar alguns bairros a leste de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 06 de maio de 2024 [Doaa Albaz/Agência Anadolu]
Centenas de palestinos saíram às ruas com os poucos itens que puderam levar após o anúncio do exército israelense de evacuar alguns bairros a leste de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 06 de maio de 2024 [Doaa Albaz/Agência Anadolu]

Centenas de palestinos começaram a evacuar de áreas a leste de Rafah em meio a planos israelenses de invadir a cidade no sul da Faixa de Gaza, de acordo com testemunhas, informou a agência de notícias Anadolu.

Testemunhas disseram à Anadolu que os evacuados começaram a se deslocar em direção ao centro e oeste de Rafah, a oeste de Khan Younis e ao norte de Deir al-Balah.

O exército israelense emitiu ordens de evacuação imediata na segunda-feira para os palestinos nos bairros do leste de Rafah e pediu que eles se mudassem para a cidade de al-Mawasi, no sul de Gaza.

Estima-se que cerca de 100.000 civis palestinos estejam vivendo nas áreas a serem evacuadas, de acordo com a Rádio do Exército de Israel.

Israel tem realizado uma ofensiva militar mortal em Gaza desde a incursão do Hamas em 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas.

Entretanto, desde então, foi revelado pelo Haaretz que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela resistência palestina.

Tel Aviv, em comparação, matou mais de 34.600 palestinos e feriu 77.700 outros em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade no território palestino.

Mais de sete meses após o início da guerra israelense, vastas áreas de Gaza estavam em ruínas, levando 85% da população do enclave ao deslocamento interno, além de um bloqueio paralisante de alimentos, água potável e medicamentos, de acordo com a ONU.

Israel é acusado de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que, em janeiro, emitiu uma decisão provisória que ordenou que o país parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

LEIA: Alemanha, Gaza e a Corte Mundial: Ampliando o escopo do genocídio

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