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Extrema-direita de Israel realiza contraprotesto em apoio à reforma judicial

Polícia israelense busca conter protesto contra o plano de reforma judicial do premiê Benjamin Netanyahu, em Tel Aviv, 27 de março de 2023 [Saeed Qaq/Agência Anadolu]

Milhares de extremistas israelenses saíram às ruas nesta quinta-feira (30) em apoio ao plano de reforma judicial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ao obstruir uma rodovia de acesso à cidade de Tel Aviv.

Os protestos foram convocados pelo partido governista Likud e pelo grupo extraparlamentar de ultradireita Im Tirtzu – bloco designado, conforme decisão judicial de 2013, como protofascista.

A imprensa local relatou que ônibus transportaram manifestantes de toda parte, incluindo dos assentamentos ilegais instalados nos territórios palestinos ocupados.

Antes do protesto, a polícia confirmou o fechamento das vias centrais de Tel Aviv devido a preocupações de que militantes realizassem ataques. Nas redes sociais, grupos radicais fizeram ameaças: “Quanto mais violentos formos, mais nos temerão”.

Postagens semelhantes foram publicadas na conta do Telegram do partido de extrema-direita Otzma Yehudit, liderado pelo ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir.

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“Eles têm medo da direita. Sabem bem que, caso um esquerdista apareça nos atos para nos provocar, sairá de ambulância”, destacou um militante.

Um anúncio para venda de bombas de fumaça, dispositivos explosivos e fogos de artifício em Haifa foi publicado no grupo Ultras Israel.

Segundo o site de notícias Walla, a ong de monitoramento False Reports confirmou mais de 200 relatos de incitação e planejamento de atividades violentas em páginas da internet, apenas nos últimos dias.

Os protestos da ultradireita sucedem semanas de atos contra a proposta de reforma judicial do atual governo. Analistas alertam que os planos de Netanyahu para transferir poderes do poder judiciário ao poder executivo podem lesar irreparavelmente a “democracia” em Israel.

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