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Trabalhadores do Google e Amazon protestam contra acordo bilionário com Israel

Trabalhadores das gigantes de tecnologia Google e Amazon protestam contra o projeto Nimbus, empreendimento de US$1.2 bilhão financiado por Israel, em 8 de setembro de 2022 [@incisayki/Twitter]
Trabalhadores das gigantes de tecnologia Google e Amazon protestam contra o projeto Nimbus, empreendimento de US$1.2 bilhão financiado por Israel, em 8 de setembro de 2022 [@incisayki/Twitter]

Trabalhadores das gigantes de tecnologia Google e Amazon tomaram as ruas na tarde de quinta-feira (8) para protestar contra o projeto Nimbus, empreendimento de US$1.2 bilhão financiado por Israel.

Dezenas de funcionários organizaram protestos em Nova York, Seattle, San Francisco e Durham, em frente aos principais escritórios de ambas as empresas. Os manifestantes reivindicavam a revogação do contrato com o exército da ocupação israelense.

Executivos da Amazon Web Services e do Google Cloud assinaram o acordo bilionário com Tel Aviv para fornecer ao governo e exército da ocupação tecnologia de vigilância, armazenamento em nuvem e inteligência artificial.

Em frente ao escritório do Google em Nova York, entoaram os manifestantes: “Sem paz e sem justiça, trabalhadores de tecnológica saem às ruas!”

Manifestantes deixaram claro que a iniciativa fortalecerá as políticas e mecanismos de apartheid e repressão contra os palestinos.

Ariel Koren, ex-gerente do Google, falou sobre a perseguição corporativa que sofreu após contestar o projeto Nimbus.

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“O projeto Nimbus não é a primeira nem a última tentativa do Google de se tornar um empreiteiro militar”, comentou o engenheiro de software Gabrel Schubiner, durante o ato em Nova York. “Ajudem-nos a impedir o Google de se tornar cúmplice de apartheid”

A campanha – denominada “No Technology Apartheid” – é promovida por profissionais técnicos e programadores contratados pelas gigantes de tecnologia. A iniciativa ganhou tração rapidamente.

Segundo a rede de notícias Al Jazeera, quase 42 mil pessoas assinaram a petição da campanha para reivindicar do Google e da Amazon que “parem de conduzir negócios com o regime de apartheid israelense e cancelem o projeto Nimbus em sua totalidade”.

O acordo foi firmado, segundo a denúncia, “enquanto o exército israelense bombardeava casas, clínicas e escolas em Gaza e ameaçava expulsar famílias palestinas de seus lares em Jerusalém, em maio de 2021”.

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