“Após um certo tempo, ao menos 5.500 pedidos de reunificação familiar serão deferidos para Cisjordânia e Faixa de Gaza”, escreveu al-Sheikh no Twitter.
Sua declaração sucede a renovação de uma lei israelense que impede palestinos de Gaza e Cisjordânia, casados com palestinos do território considerado Israel – isto é, capturado em 1948, durante a Nakba, via limpeza étnica –, recebam status de residência em Israel.
After a little while, five thousand and five hundred family reunifications will be announced for the West Bank and Gaza Strip. https://t.co/Psi06FGJkQ
— حسين الشيخ Hussein Al Sheikh (@HusseinSheikhpl) July 12, 2022
Israel insiste que a chamada Lei de Cidadania e Entrada foi ratificada por razões de segurança, mas o Centro Legal para os Direitos da Minoria Árabe em Israel (Adalah) denuncia que o texto busca assegurar uma supremacia judaica nos territórios ocupados.
A lei é considerada, portanto, uma das mais racistas e discriminatórias do mundo.
A legislação sionista também proíbe a entrada de árabes de países “hostis” a Israel, incluindo Líbano, Síria, Iraque e Irã.
Três advogados da Adalah submeteram uma petição em março com base na violação fundamental de direitos constitucionais e da lei internacional.
“Os promotores da lei recorreram a determinações vagas de que qualquer ‘descendente’ de palestinos representa uma ameaça à segurança. Também recorreram na infame doutrina do ‘inimigo externo’, que estipula que todo indivíduo que resida em um ‘território inimigo’ deve ser considerado ‘inimigo’”, declarou a petição.
Organizações de direitos humanos advertem há anos sobre os impactos da legislação e outros desígnios israelenses flagrantemente racistas, sobretudo ao direito consagrado de retorno dos refugiados palestinos.
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