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Washington descriminaliza grupo kahanista; AP condena medida

Bandeiras de Israel e do grupo supremacista judaico Kach, em 25 de abril de 2021 [Geoffroy Van Der Hasselt/AFP/Getty Images]

A Autoridade Palestina (AP) condenou neste domingo (22) a decisão dos Estados Unidos de remover o grupo supremacista judaico Kach de sua lista de entes terroristas, ao descrever a medida como “recompensa a militantes que lideram a agressão contra os palestinos”.

“O Congresso dos Estados Unidos insiste em punir os palestinos ao remover o movimento Kach de sua lista de organizações terroristas e designar como tal a Organização para a Libertação da Palestina (OLP)”, declarou Ramallah em nota. “Washington lava as mãos e gratifica os inimigos da paz e da estabilidade na região”.

A Autoridade Palestina destacou que a insistência americana em manter a OLP como grupo terrorista representa um “constante agravo, incoerência e vitória da injustiça”.

Basem Naim, chefe de política externa do Hamas, reafirmou que o grupo nacionalista israelense Kahane Chai conduziu “dezenas de ataques terroristas contra o povo palestino” e alertou para a responsabilidade de Washington sobre “novos atentados do Kach” contra a comunidade nativa.

Naim destacou que a decisão reflete “o padrão duplo e a incapacidade dos Estados Unidos em ser um mediador honesto para o conflito israelo-palestino”.

“Com essa decisão, Washington outra vez nega aos palestinos seus direitos básicos de resistência frente a ocupação, independência e retorno”, concluiu Naim.

O Kahane Chai foi fundado em 1988 pelo rabino Meir Kahane, morto nos Estados Unidos dois anos depois. O grupo é designado terrorista pela União Europeia e mesmo por Israel, acusado de assassinar e expulsar palestinos de Jerusalém e Cisjordânia ocupada.

LEIA: Diplomata dos EUA se encontra com extremistas israelenses

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