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Assassinato de jornalista palestina é amplamente condenado na África

A jornalista veterana da Al-Jazeera Shireen Abu Akleh foi morta a tiros pelas forças israelenses na Cisjordânia ocupada, em 11 de maio de 2022 [Salah Malkawi/Agência Anadolu]

Várias organizações e instituições de jornalistas africanos condenaram, na quinta-feira (12), o assassinato da jornalista veterana da Al-Jazeera Shireen Abu Akleh, que foi morta a tiros enquanto cobria um ataque militar israelense na Cisjordânia ocupada, informou a Agência Anadolu.

“A União de Jornalistas do Zimbábue (ZUJ, na sigla em inglês) se une ao resto do mundo na condenação do assassinato da jornalista palestina-americana Shireen Abu Akleh”, disse em comunicado.

Abu Akleh, 51, foi baleada na cabeça enquanto cobria um ataque israelense na cidade de Jenin na quarta-feira (11). Autoridades palestinas e a rede com sede em Doha dizem que ela foi morta pelas forças israelenses.

A ZUJ afirmou que apoia os apelos internacionais para investigações completas sobre o assunto, para que os autores de atos tão atrozes sejam responsabilizados.

A Media Review Network (MRN), um grupo de lobby sul-africano, também condenou o assassinato.

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“(Abu Akleh foi) morta a sangue frio enquanto cobria mais um ataque sionista às forças de resistência no Campo de Refugiados de Jenin. Esse assassinato pretende enviar uma mensagem intimidatória clara aos jornalistas que pretendem combater a hasbara sionista”, disse a MRN em comunicado.

Enquanto isso, um grupo de meios de comunicação em todo o mundo, incluindo a Pan-African Television em Gana e a New Frame Publication na África do Sul, assinaram uma petição condenando o assassinato.

“Estamos com o povo da Palestina que continua a resistir ao violento regime de apartheid israelense e jornalistas corajosos que colocam suas vidas em risco para contar suas histórias”, disse o grupo.

O terceiro maior partido da África do Sul no Parlamento, os Combatentes da Liberdade Econômica (EFF, na sigla em inglês), também condenou o assassinato, dizendo que a ocupação continuada dos territórios palestinos por Israel levou a um sofrimento incalculável, tortura e crimes de guerra.

Os governos da Namíbia e da África do Sul também denunciaram o assassinato.

“O ataque a jornalistas nos territórios ocupados e em zonas de conflito como Ucrânia e Afeganistão parece fazer parte de um padrão de silenciar a imprensa livre e é uma violação total do direito internacional”, disse Zane Dangor, diretor-geral do Departamento de Relações Internacionais e Cooperação da África (DIRCO, na sigla em inglês).

Apelou aos governos para que respeitem o seu compromisso com a liberdade de imprensa e dos meios de comunicação social, não prejudicando os jornalistas.

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“A capacidade dos jornalistas de cobrir os eventos à medida que eles acontecem é essencial, e os esforços para intimidar e assassinar membros da mídia não podem continuar impunemente”, disse o DIRCO em comunicado.

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