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Delegação do Hamas deve chegar ao Cairo no sábado para discutir cessar-fogo

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à esq.), caminha ao lado do ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, em 29 de abril de 2024 [Evelyn Hockstein/POOL/AFP via Getty Images]
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à esq.), caminha ao lado do ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, em 29 de abril de 2024 [Evelyn Hockstein/POOL/AFP via Getty Images]

Uma delegação do grupo palestino Hamas deve visitar o Cairo no sábado para discutir os esforços de cessar-fogo, informou a mídia egípcia na sexta-feira.

O canal estatal Al-Qahera News, do Egito, citou uma fonte egípcia autorizada informando que o Egito receberá uma delegação do Hamas no sábado para discutir a proposta de cessar-fogo.

O canal de notícias, no entanto, não forneceu mais detalhes.

O Egito confirmou, na segunda-feira, que há uma nova proposta para uma trégua na Faixa de Gaza bloqueada.

“Há uma proposta sobre a mesa para chegar a uma trégua em Gaza”, disse o ministro das Relações Exteriores, Sameh Shoukry, durante uma reunião do Fórum Econômico Mundial na Arábia Saudita.

Estima-se que o Hamas mantenha mais de 130 reféns israelenses, enquanto Tel Aviv mantém mais de 9.100 palestinos em suas prisões.

O Hamas exige o fim da ofensiva mortal de Israel na Faixa de Gaza e a retirada das forças israelenses do território para qualquer acordo de troca de reféns e prisioneiros com Tel Aviv.

Israel tem realizado uma ofensiva militar mortal em Gaza desde a incursão do Hamas em 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas.

Entretanto, desde então, foi revelado pelo Haaretz que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela Resistência Palestina.

Tel Aviv, em comparação, matou mais de 34.600 palestinos e feriu cerca de 77.800 outros em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade no território palestino.

Mais de seis meses após o início da guerra israelense, vastas áreas de Gaza estavam em ruínas, levando 85% da população do enclave ao deslocamento interno, além de um bloqueio paralisante de alimentos, água potável e medicamentos, de acordo com a ONU.

Israel é acusado de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que, em janeiro, emitiu uma decisão provisória que ordenou que o país parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

LEIA: Matar trabalhadores humanitários como estratégia: O fim do jogo de Israel em Gaza

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