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Rússia afirma que há mercenários israelenses lutando ao lado de extrema-direita na Ucrânia

Militares do regimento "Azov" e da Guarda Nacional Ucraniana (NGU) marcham pela cidade de Mariupol enquanto participam de um desfile para marcar o 5º aniversário da libertação da cidade dos rebeldes apoiados pela Rússia, em 15 de junho de 2019 [Evgeniya Maksmova/AFP via Getty Images]

A Rússia afirmou, na quarta-feira (04), que mercenários israelenses estão lutando ao lado do regimento de extrema-direita Azov na Ucrânia, informaram agências de notícias.

“Os mercenários israelenses estão praticamente ombro a ombro com os militantes Azov na Ucrânia”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, à rádio Sputnik.

Zakharova acrescentou que vai dizer algo que os políticos em Israel, que “exageram” a campanha de desinformação contra os russos, não vão gostar. Eles vão se interessar em breve, disse ela.

De acordo com relatos da mídia, os nomes dos mercenários que lutam na Ucrânia incluem pessoas de 45 países. A agência de notícias Safa disse que uma fonte da mídia russa observou que os mais proeminentes são dos EUA, Grã-Bretanha, França e Israel. Um dos nomes, disse a fonte, é o de um ex-embaixador israelense na Bielorrússia.

Os comentários de Zakharova vêm na esteira de comentários do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que afirmou que Adolf Hitler tinha origens judaicas. Lavrov parecia estar afirmando que ser judeu não impedia que alguém fosse neonazista ou antissemita.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, condenou Lavrov, alegando que “o nível mais baixo de racismo contra os judeus é acusar os próprios judeus de antissemitismo”. Seu comentário alimentou alegações de hipocrisia e padrões duplos pela maneira como os críticos judeus de Israel são difamados por alegações de antissemitismo por defensores do estado de ocupação.

LEIA: A crise na Ucrânia expõe a hipocrisia de Israel e seus aliados sionistas

O armamento de Israel do batalhão neonazista Azov tornou-se motivo de preocupação já em 2018, quando a Intifada Eletrônica destacou o problema. Em junho daquele ano, o advogado israelense Eitay Mack escreveu um pedido detalhado exigindo que Israel encerrasse toda a ajuda militar à Ucrânia por temores de que ela acabasse nas mãos de neonazistas.

O relatório explicou que as tentativas de alguns no Congresso de proibir os nazistas na Ucrânia de obter ajuda militar dos EUA foi o motivo do envolvimento de Israel. “A ‘aprofundamento da cooperação técnico-militar’ de Israel com a Ucrânia e suas milícias fascistas é provavelmente uma maneira de ajudar seu parceiro na Casa Branca e é outra faceta da crescente aliança sionista-supremacia branca”, explicou a Intifada Eletrônica.

Explicou, ainda, que Israel tem atuado historicamente como uma ferramenta útil para os presidentes dos EUA e a CIA contornarem as restrições do Congresso à ajuda a vários grupos e governos desagradáveis ​​em todo o mundo. Na América Latina da década de 1980, estes incluíam os Contras que travavam uma guerra contra o governo revolucionário de esquerda da Nicarágua, bem como uma série de outros esquadrões da morte fascistas latino-americanos e ditaduras militares.

LEIA: Rússia recusa-se a desculpar a Israel por comentário de Lavrov sobre Adolf Hitler

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