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Autoridade Palestina rejeita acusação israelense de ‘terrorismo’

Ministério de Relações Exteriores e dos Expatriados da Autoridade Palestina [Wikipedia]

O Ministério de Relações Exteriores e dos Expatriados da Autoridade Palestina (AP) condenou nesta segunda-feira (18) acusações israelenses de tratar-se de uma instituição “terrorista”, ao descrevê-las como “tentativa desesperada de encobrir as agressões da ocupação”.

“Trata-se de uma tentativa lamentável de distorcer o papel da diplomacia palestina e obstruir seu trabalho em expor os crimes da ocupação e mobilizar repúdio internacional, sobretudo diante de sua guerra aberta contra Jerusalém e seus lugares sagrados”, afirmou a chancelaria.

As alegações, prosseguiu Ramallah, são “uma clara extensão da agressão perpetuada por Israel contra o povo palestino e sua liderança”.

Recentemente, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel alegou: “Ao invés de agir para promover a paz, a chancelaria palestina escolheu juntar-se a extremistas ao propagar desinformação com intuito de incitar uma nova escalada de violência”.

Segundo Tel Aviv, esforços para denunciar as violações israelenses contra a liberdade de culto em Jerusalém ocupada são maneiras de “conferir apoio a criminosos e terroristas palestinos”.

LEIA: Ataques de Israel a Al-Aqsa são insulto contra muçulmanos em todo mundo

O ministério palestino, no entanto, contestou: “A chancelaria israelense continua a espalhar mentiras sobre a repressão do estado ocupante contra a liberdade religiosa em Jerusalém”.

“Centenas de vídeos registraram áudio e vídeo das forças da ocupação coagindo fiéis a deixar a Mesquita de Al-Aqsa, sob assédio e agressão física, o que desmente as afirmações israelenses”, acrescentou a Autoridade Palestina.

Ramallah destacou ainda que manterá esforços para “responsabilizar criminosos de guerra israelenses perante as cortes internacionais e para instituir sanções sobre a ocupação, com objetivo de pressioná-la a respeitar a lei internacional”.

Além disso, prometeu avançar em suas iniciativas para “dar fim à ocupação e ao assentamento [ilegal] no território do Estado da Palestina, incluindo sua capital ocupada, Jerusalém Oriental”.

Ao menos 150 fiéis palestinos foram feridos e mais de 400 outros foram presos durante uma ofensiva israelense contra a Mesquita de Al-Aqsa, na sexta-feira (15), na segunda semana do mês islâmico do Ramadã, que coincidiu com o início da Páscoa judaica (Pesach).

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