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Chefe do Exército do Sudão se reúne com enviado da ONU e pede neutralidade

Tenente-general Abdel-Fattah Al-Burhan em Cartum, Sudão, em 22 de setembro de 2021 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]
Tenente-general Abdel-Fattah Al-Burhan em Cartum, Sudão, em 22 de setembro de 2021 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

O chefe do exército do Sudão, general Abdel-Fattah Al-Burhan, reuniu-se ontem com o chefe da Missão Integrada de Assistência à Transição das Nações Unidas no Sudão (UNITAMS, na sigla em inglês), Volker Perthes, e pediu à missão da ONU que permaneça neutra em sua posição sobre a situação no país africano.

A reunião ocorreu um dia depois que Al-Burhan ameaçou expulsar o funcionário da ONU pelo que ele descreveu como “interferência flagrante” nos assuntos do país.

Um comunicado emitido pelo Conselho Soberano, liderado por Al-Burhan, disse que a reunião discutiu o briefing dado por Perthes no Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no Sudão.

De acordo com o comunicado, Al-Burhan disse que o briefing não foi abrangente para a situação geral do país, nem incluiu os indicadores positivos que ocorreram no terreno.

Na segunda-feira passada, Perthes alertou o Conselho de Segurança que o Sudão caminhará para o colapso econômico e de segurança, bem como para um sofrimento humanitário significativo, “a menos que a trajetória atual seja corrigida”.

Ele disse que seus fatos derivam de informações e relatórios preparados por seu escritório em Cartum. Perthes também expressou disposição de “revisar qualquer informação imprecisa contida no relatório que ele apresentou ao Conselho de Segurança”.

O Sudão está em turbulência desde 25 de outubro de 2021, quando os militares demitiram o governo de transição do primeiro-ministro Abdalla Hamdok e declararam estado de emergência, em uma medida condenada por grupos políticos como um “golpe militar”.

Antes da tomada do poder militar, o Sudão era governado por um conselho soberano de oficiais militares e civis encarregados de supervisionar o período de transição até as eleições de 2023.

LEIA: Exército do Sudão entregará o poder ‘apenas’ a um governo eleito, alerta al-Burhan

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