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Grupo argelino decide processar a França por testes nucleares

Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, Holanda, 20 de julho de 2018 [Ant Palmer/Getty Images]

A Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares – Argélia (ICAN) confirmou a preparação de um dossiê judicial a ser encaminhado ao Tribunal Penal Internacional (TPI), devido à resposta insuficiente da França aos pedidos de indenização a vítimas argelinas das explosões atômicas no sul do país norte-africano, reportou a rede de notícias Echorouk.

O objetivo é “defender os interesses de homens e mulheres argelinos que sofreram devido aos crimes nucleares hediondos perpetrados pela França entre 1960 e 1966”, declarou o grupo em nota.

“A França não quer reconhecer seus crimes hediondos cometidos na Argélia”, prosseguiu o comunicado. “Estamos determinados a defender essa justa e nobre causa, mas os políticos franceses insistem em nos vender miragens”.

“Emmanuel Macron prometeu agir sobre a matéria durante sua campanha eleitoral de 2017; logo após vencê-la, entretanto, mudou de postura e hoje questiona até mesmo nossas raízes. Sim, o presidente da França passou a questionar a existência de uma nação argelina antes de seu país colonizar brutalmente a nossa terra”.

A organização montou uma plataforma digital para que famílias argelinas enviem detalhes de suas experiências, com intuito de “registrar um processo contra o estado francês”.

O Presidente da Argélia Abdelmadjid Tebboune reiterou previamente que seu país continuará a exigir compensação da França pelas explosões nucleares. Pesquisadores argelinos solicitaram à antiga metrópole mapas topográficos relacionados aos testes atômicos, para identificar e limpar áreas contaminadas por radiação; contudo, não receberam resposta.

LEIA: Argélia condena ataque a escultura de figura histórica na França

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