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Homem egípcio ameaça vazar fotos nuas de sua esposa; mulher comete suicídio

Mulher checa conta do Instagram destinada a denúncias de abuso sexual [KHALED DESOUKI/AFP via Getty Images]

Uma mulher egípcia cometeu suicídio após seu marido ameaçar compartilhar fotografias e vídeos íntimos nas redes sociais. As ameaças decorreram de chantagem para que a mulher abrisse mão de seus direitos legais, na eventualidade de um divórcio.

As informações são da rede Gulf News.

Segundo a organização de direitos humanos Belady, casos de extorsão eletrônica tornaram-se frequentes no Egito, sobretudo nos últimos meses. Neste contexto, fotos e vídeos de mulheres são compartilhados online para explorá-las sexualmente.

Em janeiro, o caso de suicídio de Basant Khaled, de 17 anos, ganhou notoriedade, após imagens adulteradas serem divulgadas nas redes sociais. Um dos dois suspeitos foi rejeitado pela jovem e então compartilhou montagens nas quais ela aparecia supostamente nua.

Basant foi então assediada por colegas e mesmo professores e entrou em depressão.

Menos de um mês depois, Heidi Shehta Abdel Fattah também tirou a própria vida, quando vizinhos decidiram extorquir sua família com imagens adulteradas. Seus pais venderam boa parte de seus pertences para tentar impedir a divulgação das fotos.

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Em julho de 2020, o estudante universitário Ahmed Bassan Zaki foi acusado de assédio sexual e estupro por dezenas de mulheres. Uma das vítimas apontou que Zaki ameaçou adulterar uma fotografia dela e de sua irmã para que aparecessem nuas.

Outra vítima relatou que Zaki utilizou imagens íntimas para coagí-la a manter relações sexuais.

As acusações contra Zaki viralizaram e deflagraram o movimento #MeToo no Egito, sob o qual centenas de mulheres puderam denunciar casos de abuso sexual aos quais foram submetidas.

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