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Advogada jordaniana denuncia invasão a seu celular pelo spyware israelense Pegasus

Website da empresa israelense NSO, responsável por desenvolver o spyware Pegasus, em Paris, 21 de julho de 2021 [JOEL SAGET/AFP via Getty Images]

Hala Ahed Deeb, advogada jordaniana de direitos humanos, confirmou nesta quarta-feira (19) intenções de processar a empresa israelense NSO, após descobrir que seu celular foi invadido pelo spyware Pegasus.

Em entrevista à rede Quds Press, Deeb observou que não esperava tornar-se vítima de espionagem. Porém, percebeu que a câmera de seu aparelho acionava automaticamente.

Na última segunda-feira (17), o jornal britânico The Guardian reportou os resultados de uma investigação conduzida pelo grupo de direitos humanos Front Line Defenders (FLD), em colaboração com a fundação de direitos digitais Access Now.

Análises revelaram que os celulares de Ebtisam al-Saefh, ativista barenita de direitos humanos, e Hala Ahed Deeb, que trabalha com grupos feministas e de direitos humanos na Jordânia, foram hackeados pelo aplicativo Pegasus, desenvolvido pela empresa NSO.

Muitos jordanianos expressaram apoio a Deeb e apelaram ao governo para adotar as medidas adequadas a fim de “dissuadir os criminosos”. Nidal Mansour, chefe do Centro de Defesa da Liberdade Jornalística, reivindicou a abertura de uma investigação oficial sobre o caso.

Comentou Mansour: “Invadir a privacidade de uma advogada [Deeb] é deplorável e condenável. É preciso investigar o episódio para saber quem encomendou o uso do aplicativo espião contra seu celular, com o intuito de vigiá-la”.

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