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Ativista anticolonial palestino, de 75 anos, morre de ferimentos causados por Israel

Suleiman Hathalin [qudsn/Twitter]

Na manhã desta segunda-feira (17), Suleiman Hathalin, ativista anticolonial palestino de 75 anos, faleceu de ferimentos sofridos após ser deliberadamente atropelado por policiais israelenses, na entrada da aldeia de Umm al-Kheir, na região de Masafer Yatta.

O incidente ocorreu há duas semanas, ao sul de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada.

O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina emitiu um comunicado hoje para confirmar o óbito de Hathalin. Segundo as informações, o cidadão idoso sofreu traumas na cabeça, tórax, abdômen e quadris. Em seguida, foi transferido a uma unidade de terapia intensiva (UTI).

Organizações nacionais condenaram o “assassinato israelense de um idoso palestino inocente e desarmado” que “pedia apenas para viver em paz em sua própria aldeia”.

A ong israelense Breaking the Silence, dedicada a expor as atrocidades cometidas contra o povo palestino, destacou que Hathalin foi atropelado por uma caminhonete da polícia.

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“Após atropelá-lo, o veículo imediatamente deixou o local, sem pedir socorro. Atropelamento e fuga, cortesia da polícia de Israel. É isso que acontece quando a vida palestina não tem praticamente qualquer valor sob os olhos do ocupante”, acrescentou a entidade.

“Não é a primeira vez que autoridades israelenses deixam um palestino gravemente ferido em sua busca para expropriar terras nativas, a fim de reforçar a ocupação”, reafirmou. “No último ano, Harum Abu Aram foi baleado no pescoço por soldados que tentavam apreender um gerador, nas colinas do sul de Hebron. Abu Aram permanece paralisado até hoje”.

“Enquanto colonos israelenses demandam do governo que reconheça o assentamento ilegal de Homesh, construído em terras particulares palestinas, cidadãos vulneráveis nos territórios ocupados sequer podem viver uma vida normal em suas próprias terras”, prosseguiu.

“Umm al-Kheir, onde ocorreu o incidente, é foco constante de operações israelenses de expropriação e demolição de propriedades”, concluiu a entidade. “Enquanto isso, o assentamento vizinho de Carmel continua a se expandir sobre terras palestinas”.

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