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Ong israelense demanda intervenção do exército e Shin Bet contra protestos no Negev

Policiais israelenses prendem um beduíno na aldeia de al-Atrash, no deserto do Negev, 13 de janeiro de 2022 [MENAHEM KAHANA/AFP/Getty Images]

A organização judaica Regavim, notória por posições extremistas a favor dos assentamentos ilegais, demandou nesta quinta-feira (13) que o exército israelense e o serviço de segurança interna Shin Bet intervenham para encerrar os protestos palestinos na região do Negev.

Os beduínos nativos protestam contra um projeto de arborização em terras disputadas.

“Durante os eventos de maio de 2021, a resposta do exército foi vagarosa e tardia; estradas e cidades foram queimadas, a vida foi perturbada e demorou bastante para termos segurança”, declarou Meir Deutsch, diretor-geral da Regavim, à televisão israelense.

“Essas cenas não devem se repetir; portanto, exigimos ações urgentes”, acrescentou.

“Os eventos desta quarta e quinta-feira no Negev são resultado direto do fracasso do governo sobre a questão agrária, cujo impacto, como alertamos previamente ao premiê, pode instigar diretamente um aumento nos confrontos que ocorrem nas ruas”.

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Segundo Deutsch, os comentários de representantes eleitos — com destaque para Yair Golan, vice-comandante das Forças Armadas e parlamentar pelo partido Meretz — alimentaram as manifestações no Negev, de modo que é preciso assumir responsabilidades.

A maioria dos beduínos do Negev vivem em aldeias “não reconhecidas” pela ocupação, sem acesso a serviços públicos adequados, apesar de possuírem cidadania israelense.

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