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AP condena novos assentamentos de Israel em Hebron, Cisjordânia ocupada

Obras em curso em um assentamento ilegal israelense na Cisjordânia ocupada, 28 de outubro de 2021 [AHMAD GHARABLI/AFP/Getty Images]
Obras em curso em um assentamento ilegal israelense na Cisjordânia ocupada, 28 de outubro de 2021 [AHMAD GHARABLI/AFP/Getty Images]

A Autoridade Palestina (AP) condenou na última quinta-feira (25) a última aprovação deferida pelo governo israelense para construir 372 novas unidades coloniais na cidade de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada.

Em nota, a chancelaria palestina reafirmou que a decisão “é uma extensão do processo de entrincheirar e expandir os assentamentos ilegais no coração da Cidade Velha de Hebron”.

A “provocação”, como descreveu Ramallah, foi anunciada somente alguns dias após Israel aprovar a construção de 11 mil unidades coloniais na região do antigo Aeroporto de Qalandia, em Jerusalém Oriental — também conhecido como Aeroporto Internacional de Jerusalém.

A Autoridade Palestina condenou também a visita do presidente israelense Isaac Herzog a um assentamento em Hebron para celebrar o Hanukkah, além de sua passagem pela Mesquita Abraâmica (Túmulo dos Patriarcas), onde acendeu velas cerimoniais.

O comunicado advertiu a comunidade internacional sobre os danos causados à solução de dois estados pelas obras contínuas de assentamentos ilegais nos territórios palestinos ocupados.

“A solução de dois estados é sujeita ao mais hediondo processo de sabotagem, devido à política de Israel para controlar terras palestinas e acelerar sua anexação da Cisjordânia”, reiterou.

Na quinta-feira, a imprensa israelense reportou que o conselho de Kiryat Arba, na cidade palestina de Hebron, autorizou a construção de 372 unidades residenciais em um assentamento local, incluindo edifícios públicos, escolas, lojas e parques.

Dados oficiais mostram que há 600 mil colonos vivendo em cerca de 145 postos coloniais e 140 assentamentos exclusivamente judaicos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Israel ocupou ambos os territórios em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias.

Todos os assentamentos são considerados ilegais segundo a lei internacional.

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