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Ministros renunciam no Sudão em protesto ao acordo com o exército

General Abdel Fattah al-Burhan e Abdalla Hamdok assinam acordo político em Cartum, Sudão, 21 de novembro de 2021; Hamdok foi reempossado como primeiro-ministro após ser destituído pelas Forças Armadas [Palácio Presidencial do Sudão/Agência Anadolu]

Doze ministros sudaneses renunciaram nesta segunda-feira (22) em protesto ao acordo firmado entre o premiê reintegrado, Abdallah Hamdok, e o chefe do conselho militar, Abdel Fattah al-Burhan, que efetivamente governa o país norte-africano.

No domingo (21), Hamdok assinou um acordo político com Burhan para encerrar quase um mês de crise nacional, que ameaçou erradicar a transição democrática no Sudão.

Em 25 de outubro, o general sudanês declarou “estado de emergência”, dissolveu o Conselho Soberano e prendeu ministros, funcionários públicos e líderes partidários.

A retomada militar do país foi então considerada golpe de estado.

O acordo de domingo foi acolhido por boa parte da comunidade internacional, mas forças políticas sudanesas rejeitaram a medida como “tentativa de legitimar o golpe”.

Dentre as renúncias, estão os responsáveis pelas pastas de relações exteriores, justiça, agricultura, recursos hídricos, investimentos, energia, educação superior, trabalho, transporte, saúde, juventude e assuntos religiosos.

Um comunicado confirmou ainda que cinco ministros das Forças por Liberdade e Mudança — coalizão civil que compartilha o poder com as Forças Armadas, no processo de transição — não puderam comparecer à reunião de gabinete realizada ontem.

LEIA: Diretora da Universidade de Cartum renuncia em protesto a novo acordo de governo

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