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Quarteto expressa ‘apreensão’ sobre assentamentos e violência colonial

Assentamentos ilegais em construção na Cisjordânia ocupada, 28 de outubro de 2021 [Ahmad Gharabli/AFP/Getty Images]

O chamado Quarteto do Oriente Médio expressou “apreensão” sobre a expansão dos assentamentos israelenses nos territórios palestinos, além da violência conduzida por colonos ilegais na Cisjordânia ocupada, segundo informações da agência Anadolu.

Representantes do grupo — que abrange Organização das Nações Unidas (ONU), Estados Unidos, União Europeia e Rússia — emitiram um comunicado conjunto nesta quinta-feira (18), após um encontro realizado em Oslo, capital da Noruega, nesta semana.

“Os enviados estão profundamente preocupados com os acontecimentos na Cisjordânia, Jerusalém e Faixa de Gaza, incluindo atos contínuos de violência na Cisjordânia, avanço de obras coloniais, crise fiscal na Autoridade Palestina e ameaças em Gaza”, afirmou a nota.

A nota reiterou a “urgência de todas as partes envolvidas de assumir passos adicionais para abordar diretamente tais desafios, por meio de reformas fiscais e outras, além de evitar medidas unilaterais que agravam tensões e prejudicam os prospectos de paz”.

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Ao defender “esforços construtivos para avançar na solução de dois estados”, os países em questão prometeram manter diálogo com ambas as partes e agentes regionais.

“Os enviados observaram também a urgência de abordar a frágil situação em Gaza — com apoio de todos as partes interessadas —, ao assegurar que sejam mantidos esforços humanitários para atenuar restrições de acesso e fluxo de bens e pessoas”.

Os diplomatas acolheram ainda a promessa israelense de ajudar a Autoridade Palestina (AP) a superar sua crise financeira. Em junho, Ramallah advertiu sobre a falta de recursos para remunerar devidamente cerca de 133 mil funcionários públicos.

Tel Aviv insiste que o colapso financeiro decorre da decisão palestina de revogar acordos de repasse tributário firmados com a ocupação, após o então premiê Benjamin Netanyahu propagandear a anexação ilegal de partes da Cisjordânia.

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