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Petição do parlamento canadense insta ação contra Israel

Forças israelenses prendem uma criança palestina [Saeed Qaq/Apaimages]
Forças israelenses prendem uma criança palestina [Saeed Qaq/Apaimages]

Um total de 1.266 ativistas no parlamento canadense assinaram uma petição instando o governo a tomar medidas frente à violência israelense contra crianças palestinas.

A petição foi lançada pelo deputado do Partido Liberal de Toronto, Salma Zahid, no site oficial do Parlamento Federal.

A petição foi aberta para assinaturas em 26 de outubro e será encerrada em 25 de dezembro.

A petição reitera que as forças de segurança israelenses vêm usando a violência contra as crianças palestinas há muito tempo.

Ela insta o governo a proteger “os direitos das crianças ao redor do mundo”.

“Como signatário da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, Israel tem a obrigação de garantir os direitos básicos do devido processo e a proibição absoluta contra a tortura e maus-tratos de crianças de acordo com as normas internacionais de justiça juvenil”, lê-se na petição.

A petição lembrava um relatório da ONU de 2019 sobre crianças e conflitos armados e conclamava “Israel a manter as normas internacionais de justiça juvenil, bem como a cessar o uso da detenção administrativa para crianças e a pôr fim a todas as formas de maus-tratos na detenção, e a cessar qualquer tentativa de recrutamento de crianças detidas como informantes”.

A petição prosseguiu dizendo que Israel processa crianças em tribunais militares sem um julgamento justo.

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“Nós, abaixo assinados, residentes do Canadá, pedimos ao Governo do Canadá que exija um estudo urgente do Subcomitê de Direitos Humanos Internacionais do Comitê Permanente de Relações Exteriores e Desenvolvimento Internacional para rever o tratamento dado por Israel às crianças na Palestina ocupada israelense e o cumprimento de suas obrigações sob a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança”, concluiu.

Campanha antidrone

Cerca de 55 organizações não-governamentais (ONGs) no Canadá lançaram outra campanha apelando a seu país para bloquear um negócio de 5 bilhões de dólares para a compra de drones israelenses.

A campanha foi lançada pela coalizão do movimento BDS no Canadá.

Os ativistas se dirigiram ao Ministro dos Transportes, Omar Alghabara, que é o único ministro muçulmano do governo canadense, em uma carta exigindo que a compra de veículos aéreos não-tripulados (VANT) israelenses seja descontinuada.

A carta chama a atenção para o fato de que o sistema de aeronaves pilotadas remotamente por Israel (RPAS) e drones foram testados em milhares de civis, especialmente palestinos.

Ela exige a proibição da compra de todo tipo de equipamento militar de Israel.

O incêndio no cargueiro da empresa israelense ZIM, que está ancorado desde 5 de novembro na costa de Victoria, Canadá, também foi incluído na carta de campanha.

Lembrando que a ZIM é a maior empresa de transporte de carga de Israel, a carta observou que as armas israelenses são transportadas rotineiramente dos portos canadenses para seus destinos finais através desta empresa.

O alvo e a prisão de crianças palestinas tem sido uma política israelense constante - Charge [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

O alvo e a prisão de crianças palestinas tem sido uma política israelense constante – Charge [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

A carta afirmava que as autoridades portuárias no Canadá estão sob a alçada do Ministério dos Transportes, observando que a colaboração com a ZIM torna o governo “cúmplice na despossessão contínua dos palestinos”.

Exigiu o cancelamento “do processo de aquisição e o fim do contrato para as aeronaves de vigilância armada”.

Também exigiu o cancelamento do contrato com a Elbit Systems para os drones de vigilância do Ártico.

Continuou dizendo que os navios ZIM deveriam ser proibidos de acessar os portos canadenses e pediu “um embargo de armas nos dois sentidos e o fim da cooperação com Israel em matéria de segurança militar”.

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