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Israel destrói um dos mais antigos cemitérios muçulmanos perto da Mesquita de Al-Aqsa

A equipe israelense do Município de Jerusalém, juntamente com soldados israelenses e escavadeiras, demolem parte do Cemitério Al Yousifieh em Jerusalém em 14 de dezembro de 2020 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

O município de Jerusalém da ocupação israelense demoliu ontem um dos mais antigos cemitérios muçulmanos na cidade sagrada ocupada, informou a agência de notícias Wafa.

O chefe do Comitê para a Preservação dos Cemitérios Islâmicos em Jerusalém, Mustafa Abu Zahra, disse que as equipes do município de Jerusalém, acompanhadas por uma escavadeira, destruíram um túmulo do Cemitério Al Yousifieh e espalharam os ossos.

Ele acrescentou que entre os túmulos demolidos estavam os de muçulmanos que foram martirizados nos conflitos entre 1948 e 1967, e que Israel enfrentará uma ação judicial em resposta às ações do município.

De acordo com a Wafa, os palestinos que estavam presentes na área impediram que a escavadeira destruísse ainda mais as sepulturas e forçaram-na para fora da área.

Abu Zahra exortou todos os habitantes de Jerusalém a “se unirem para proteger os marcos de Jerusalém da opressão da ocupação israelense”.

O cemitério, localizado próximo ao muro que circunda a Cidade Velha, é um dos cemitérios muçulmanos mais antigos da Jerusalém ocupada e tem cerca de 4.000 metros quadrados.

A demolição faz parte do plano das autoridades de ocupação israelenses de construir um “caminho para o jardim bíblico” dentro do cemitério que contém a Tumba do Soldado Desconhecido, bem como muitas sepulturas antigas e modernas.

É uma medida que irritou muitos residentes de Jerusalém Oriental que têm entes queridos enterrados naquele cemitério.

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