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Ghannouchi forma frente nacional para anular decisões do presidente da Tunísia

Rached Ghannouchi, presidente do parlamento tunisino e chefe do Movimento Ennahda, fala durante um painel em Túnis, Tunísia, em 12 de janeiro de 2021 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]
Rached Ghannouchi, presidente do parlamento tunisino e chefe do Movimento Ennahda, fala durante um painel em Túnis, Tunísia, em 12 de janeiro de 2021 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

O presidente do Parlamento tunisino, Rached Ghannouchi, anunciou que seu partido Ennahda está tentando formar uma frente nacional para contrariar as decisões recentemente tomadas pelo presidente tunisiano, Kais Saied.

A Associated Press (AP) citou Ghannouchi dizendo em uma entrevista ontem que seu partido está trabalhando para formar uma frente nacional para enfrentar a decisão de Saied de suspender o parlamento, demitir o primeiro-ministro, Hichem Mechichi, e outros funcionários do governo proeminentes e controlar a frágil via democrática no meio a crise em curso no país.

Ghannouchi disse à AP durante uma videochamada que o objetivo desta etapa é exercer pressão sobre o presidente para exigir “um retorno ao sistema democrático”.

O líder do Ennahda afirmou anteriormente que as ações de Saied constituíram um golpe, acrescentando que ele e alguns dos funcionários demitidos pediram ao presidente que retirasse sua declaração e mantivesse o sistema democrático constitucional do país.

Na noite de domingo, o presidente tunisiano Kais Saied usou o Artigo 80 da constituição para demitir Mechichi, congelar o trabalho do parlamento por 30 dias, levantar a imunidade dos ministros e nomear-se chefe do poder executivo até a formação de um novo governo.

Isso aconteceu depois que protestos violentos estouraram em várias cidades tunisianas criticando a forma como o governo lida com a economia e o coronavírus. Os manifestantes pediram a dissolução do parlamento.

LEIA: Tunísia: o presidente “não tem intenção de derrubar a constituição”

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