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EUA aumentam presença militar na Arábia Saudita

Ex-Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo almoça com oficiais militares durante visita à Base Aérea Príncipe Sultan, em al-Kharj, região central da Arábia Saudita, 20 de fevereiro de 2020 [Andrew Caballero-Reynolds/AFP/Getty Images]
Ex-Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo almoça com oficiais militares durante visita à Base Aérea Príncipe Sultan, em al-Kharj, região central da Arábia Saudita, 20 de fevereiro de 2020 [Andrew Caballero-Reynolds/AFP/Getty Images]

O Exército dos Estados Unidos está utilizando uma série de portos e bases aéreas na região do deserto ocidental da Arábia Saudita para desenvolver alternativas caso ocorra um conflito com o Irã, reportou na segunda-feira (25) o The Wall Street Journal.

Segundo a reportagem, o principal comandante americano na região relatou que o uso confidencial de bases sauditas no último ano coincide com a busca de opções militares para transportar tropas e equipamentos pela região e reduzir a exposição a mísseis iranianos.

Milhares de soldados e armamentos americanos foram posicionados na Base Aérea Príncipe Sultan, na Arábia Saudita, desde 2019, a fim de reagir a supostas ameaças regionais.

O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump empregou as tropas a Príncipe Sultan logo após materializar sua forte aliança com Riad, mesmo diante do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, dentro do Consulado da Arábia Saudita, na Turquia, em 2018.

O novo Presidente Joe Biden prometeu em campanha uma abordagem mais dura contra o regime do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman, sobretudo diante de abusos de direitos humanos, mas ameaças de Teerã são um fator crítico para manter a presença militar.

Tensões entre Irã e Estados Unidos permanecem altas, apesar de oficiais militares expressarem um sentimento de alívio, dado que o Irã não tentou atacar soldados ou interesses americanos no Iraque, às vésperas da posse de Biden, conforme receios.

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Por outro lado, potenciais ataques contra Arábia Saudita, bases dos Estados Unidos no Golfo e outros países aliados levaram o alto comando americano a tomar supostas medidas preventivas e preparatórias para uma possível confrontação com a república islâmica.

Na segunda-feira (25), oficiais iranianos argumentaram que a presença dos Estados Unidos e outras forças estrangeiras no Oriente Médio é a principal razão para “o caos e a insegurança em nossa região”.

Washington ainda negocia com Riad investimentos para melhorar a infraestrutura comercial e industrial dos portos sauditas na costa de Yanbu, além de implementar duas bases aéreas em Tabuk e Taif para que possam abrigar tropas americanas.

As medidas devem conceder alternativas às bases militares dos Estados Unidos no Kuwait e Catar, caso o Irã efetivamente decida atacar.

Os sauditas pagarão pelas obras de infraestrutura nas bases binacionais, cujo uso não deve ser reduzido a propósitos militares, segundo os relatos. Entretanto, oficiais sauditas ainda não comentaram sobre a questão.

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