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Tunísia considera a causa palestina sagrada e rejeita normalização com Israel

Porta-voz do Parlamento Tunisiano, Rashid Ghannouchi, em Tunis, Tunísia, no dia 4 de outubro de 2019 [Agência Yassine Gaidi/Anadolu]
Porta-voz do Parlamento Tunisiano, Rashid Ghannouchi, em Tunis, Tunísia, no dia 4 de outubro de 2019 [Agência Yassine Gaidi/Anadolu]

Acerca do apoio do partido O porta-voz do Parlamento tunisiano, Rached Ghannouchi, anunciou que a causa palestiniana é sagrada na Tunísia e que prevalece um estado de consenso no país quanto à incontestável rejeição da normalização com a ocupação israelense.

As declarações feitas pelo líder do movimento Ennahda foram transmitidas numa entrevista ao canal de TV Al Araby, na noite de quinta-feira.

marroquino Justiça e Desenvolvimento à normalização das relações com a entidade sionista, Ghannouchi afirmou que a decisão do partido islâmico que lidera a coligação governamental em Marrocos é “infeliz”, segundo a Al Araby.

Em 22 de dezembro de 2020, Marrocos e a ocupação assinaram quatro acordos na capital, Rabat, à margem da assinatura do acordo de normalização entre as duas partes, sob o amparo americano.

Segundo uma declaração do Ministério das Relações Exteriores marroquino, os quatro acordos cobriam a cooperação nos campos econômico, comercial e turístico.

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O primeiro-ministro marroquino, Saadeddine Othmani, foi continuamente criticado depois de participar da cerimônia de assinatura como signatário do acordo de normalização com Israel.

Othmani havia previamente justificado a escolha de Rabat de retomar as relações com Tel Aviv, explicando que a posição de Marrocos sobre a questão palestina não mudaria ou seria afetada pela decisão de normalizar as relações com Israel.

Em 10 de dezembro, o presidente cessante dos EUA, Donald Trump, anunciou que havia sido firmado um acordo para retomar as relações abertas entre Marrocos e a ocupação israelense, acompanhado pelo reconhecimento de Washington da suposta soberania de Rabat sobre o Saara Ocidental.

Marrocos é o único país do Magrebe que atualmente mantém relações com a entidade sionista depois que a Mauritânia cortou os laços com Tel Aviv em 2010.

O reino marroquino também se tornou o quarto país árabe a concordar com a normalização com Israel em 2020, após os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão.

Outros países árabes, como Egito e Jordânia, estão vinculados a dois acordos de paz com Israel desde 1979 e 1994, respectivamente.

Os palestinos condenaram os acordos mediados pelos EUA no ano passado e consideraram este movimento uma traição a uma antiga condição estabelecida pelo povo palestino, para obrigar Israel a cumprir o estabelecimento de um Estado palestino nos territórios palestinos ocupados após a guerra de junho de 1967.

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Um número crescente de países do Oriente Médio e Norte da África está normalizando os laços com Israel - Charge [Savannah/Monitor do Oriente Médio]

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