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‘É preciso aprender com a crise do Golfo para não repetí-la’, afirma ex-premiê do Catar

Ex-Primeiro-Ministro do Catar Hamad bin Jassim Al Thani [Sean Gallup/Getty Images]
Ex-Primeiro-Ministro do Catar Hamad bin Jassim Al Thani [Sean Gallup/Getty Images]

Nesta segunda-feira (4), em postagem no Twitter, o ex-Primeiro-Ministro do Catar Hamad bin Jassim Al Thani alertou que lições precisam ser aprendidas com a crise do Golfo, solucionada via acordo, nesta semana, a fim de “evitar crises semelhantes no futuro”.

Al Thani afirmou que a crise do Golfo representou “o mais perigoso e difícil momento na história do Conselho de Cooperação do Golfo”.

“Embora certamente agradeço o fim da crise, faço um apelo e convido a todos para tomar lições importantes para evitar crises semelhantes no futuro. Para garantirmos isso, é preciso uma avaliação franca e profunda das raízes da crise, além dos traumas psicológicos causados a toda a comunidade do Golfo”, declarou Al Thani.

A divisão árabe com o Catar se intensifica - Cartoon [Sabaaneh / Monitor do Oriente Médio]

A divisão árabe com o Catar se intensifica – Cartoon [Sabaaneh / Monitor do Oriente Médio]

Prosseguiu: “Menciono ainda as fissuras políticas e grandes perdas econômicas decorrentes da crise. Todos sabemos que o Conselho de Cooperação do Golfo precisa de trabalho honesto e esforços de planejamento cuidadosa e cientificamente desenvolvidos, para ressuscitar o papel do conselho”.

Tais iniciativas, segundo Al Thani buscariam permitir à organização “enfrentar os desafios que nos cercam, assegurar decisões que preservem nossos interesses e solucionar nossos problemas da forma mais independente possível, enquanto mantemos e respeitamos a soberania das nações, além de garantir sua segurança em todos os níveis”.

Al Thani ainda agradeceu “a liderança e o povo irmão do Kuwait”, que mediou o acordo entre as partes em disputa.

“Peço a Allah que tenha piedade da alma do falecido sheikh Sabah al-Ahmad, que fez seu melhor até seus últimos instantes para curar as feridas da região. Saúdo também seu irmão, o sheikh Nawaf, que manteve este esforço, que tanto apreciamos”, concluiu o ex-premiê.

Em junho de 2017, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito cortaram relações diplomáticas e rotas de transporte com o Catar, ao acusá-lo de patrocinar o terrorismo internacional e alinhar-se ao Irã. Doha nega veementemente as alegações.

O bloqueio suspendeu as relações comerciais entre os países e levou a mais de três anos de processos judiciais internacionais.

Na segunda-feira, foi anunciada a reabertura das fronteiras entre Arábia Saudita e Catar. O emir catariano Tamim Bin Hamad al Thani viajou então a Riad para participar de uma reunião de cúpula do Conselho de Cooperação do Golfo, pela primeira vez desde o início da crise.

LEIA: Hamas parabeniza Arábia Saudita e Catar por restaurar relações

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