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Cortes dos EUA condenam iraniano a 23 meses de prisão por evasão de sanções

Seyed Sajjad Shahidian, fundador e CEO de um empresa de serviços financeiros do Irã, 16 de outubro de 2020 [IranIntl/Twitter]
Seyed Sajjad Shahidian, fundador e CEO de um empresa de serviços financeiros do Irã, 16 de outubro de 2020 [IranIntl/Twitter]

Seyed Sajjad Shahidian, fundador e CEO de um empresa de serviços financeiros do Irã, foi condenado a 23 meses de prisão nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (15), por conspirar para desviar das sanções impostas sobre a república islâmica

O empresário de 33 anos foi julgado culpado por conspiração para fraudar e cometer delitos contra o tesouro americano, devido a atividades de sua companhia, Payment24.

“Shahidian foi fundador e diretor executivo de uma firma de serviços financeiros que empregou diversas táticas fraudulentas projetadas para contornar as sanções legais impostas pelos Estados Unidos sobre o Irã”, declarou a advogada Erica MacDonald, segundo a rede AFP.

“Tais ações representam crime e ameaçam nossos interesses de segurança nacional”, reiterou MacDonald. “Shahidian tornou-se um executivo de alto perfil e milionário. Agora, trata-se de criminoso condenado que perdeu tudo”.

Promotores alegaram que o principal serviço da Payment24 era um sistema que permitia a consumidores iranianos realizar compras online de softwares, licenças e servidores de computador, em contravenção à atual lei dos Estados Unidos.

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A fim de driblar as sanções, Shahidian utilizou passaportes fraudados para estabelecer centenas de contas PayPal que passavam-se por consumidores de fora do Irã.

Clientes recebiam acesso a uma dessas contas, um cartão de identidade falso, vale-compras e comprovantes de endereço, além de IP remoto, desviado dos Emirados Árabes Unidos.

Consumidores da Payment24 também recebiam orientação sobre como desviar das restrições em sites estrangeiros e alertados para “jamais tentar logar nestes sites com endereço IP do Irã”, declarou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Shahidian, que já havia confessado crimes perante uma corte americana, em 2009, também transferiu ilegalmente milhões de dólares em moeda estrangeira ao Irã e mentiu a fornecedores de sua empresa nos Estados Unidos, a fim de evitar sanções, segundo o indiciamento.

O empresário iraniano, cuja empresa possui 40 funcionários em diversos escritórios em Teerã, Shiraz e Isfahan, foi preso em Londres, em novembro de 2018 e extraditado aos Estados Unidos para enfrentar julgamento, em maio deste ano.

Vahid Vali, diretor de operações da empresa, também foi indiciado sob acusações similares, mas ainda não foi detido.

A empresa também foi denunciada diretamente por fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e roubo de identidades, por promotores nos Estados Unidos.

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