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Líbano: abrigo subterrâneo foi encontrado no porto de Beirute, enquanto segue a busca por sobreviventes

Fumaça avança em armazém após um incêndio com explosivos no Porto de Beirute que levou a explosões massivas, Líbano em 4 de agosto de 2020 [Yasser Jawhary - Agência Anadolu]
Fumaça avança em armazém após um incêndio com explosivos no Porto de Beirute que levou a explosões massivas, Líbano em 4 de agosto de 2020 [Yasser Jawhary - Agência Anadolu]

Um abrigo subterrâneo foi descoberto no porto de Beirute hoje, gerando esperança de que os trabalhadores presos na área durante a explosão possam ter sobrevivido, enquanto a busca por pessoas presas nos escombros continua.

De acordo com uma reportagem da Sky News, a equipe de resgate desenterrou um tipo de “sala do pânico” que parece ser parte de um “labirinto de câmaras subterrâneas”, apesar do governo negar qualquer conhecimento de tais abrigos subterrâneos.

A descoberta renovou as esperanças de que as pessoas possam ter conseguido sobreviver refugiando-se nos abrigos subterrâneos que teriam sido construídos há décadas, em caso de “ataques a bomba ou desastres”, e parecem ter resistido à grande explosão da semana passada.

A explosão de terça-feira, que foi causada quando 2.750 nitrato de amônio exposto ao calor explodiu, reduziu o principal porto do país a escombros, danificando severamente os distritos vizinhos. Mais de 200 pessoas morreram na explosão, enquanto mais de 6.000 ficaram gravemente feridas e centenas continuam desaparecidas.

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As dezenas de desaparecidos incluem funcionários do porto que estavam nas proximidades quando a explosão ocorreu. A família de Ghassan Hasrouty, que trabalhou no porto por 38 anos, tem esperança de que ainda estejam vivos, de acordo com a reportagem da Sky News.

Apesar da descoberta da rede potencial de abrigos subterrâneos, no entanto, o Exército libanês disse ontem que há pouca ou nenhuma esperança de encontrar mais sobreviventes.

“Após três dias de operações de busca e resgate, podemos dizer que finalizamos a primeira fase, que envolvia a possibilidade de encontrar sobreviventes”, disse o coronel Roger Khoury em entrevista coletiva ontem.

Acrescentando, “como técnicos que trabalham no terreno, podemos dizer que temos poucas esperanças de encontrar sobreviventes”, de acordo com o New Arab.

Enquanto isso, o coronel Vincent Tissier, chefe da equipe francesa de busca e resgate, disse que seu grupo “trabalhou sem parar por 48 horas desde a manhã de quinta-feira”, tentando chegar à sala de controle, onde oito ou nove funcionários da autoridade portuária estariam presos.

“Infelizmente, não encontramos um único… sobrevivente”, disse Tissier, acrescentando que sua equipe, junto com outras, havia recuperado apenas cinco corpos.

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