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Influência iraniana sobre o Iraque deteriorou-se, afirma especialista de Israel

Iranianos queimam bandeiras dos Estados Unidos e Israel durante protesto contra as mortes do comandante iraniano Qasem Soleimani e o chefe paramilitar iraquiano Abu Mahdi al-Muhandis, em Teerã, Irã, 4 de janeiro de 2020 [Majid Saeedi/Getty Images]
Iranianos queimam bandeiras dos Estados Unidos e Israel durante protesto contra as mortes do comandante iraniano Qasem Soleimani e o chefe paramilitar iraquiano Abu Mahdi al-Muhandis, em Teerã, Irã, 4 de janeiro de 2020 [Majid Saeedi/Getty Images]

Ron Ben-Yishai, jornalista e correspondente de guerra israelense, afirmou que análises de segurança de Israel indicam que a influência iraniana sobre o Iraque estão em declínio, após o assassinato de Qasem Soleimani, comandante das forças al-Quds, unidade de elite militar do Irã. Segundo o repórter veterano, a morte do general resultou no desmantelamento de milícias pró-Irã em território iraquiano.

Em reportagem ao jornal Yedioth Ahronoth, relatou Ben-Yishai: “Recentemente, análises de segurança israelense monitoraram dois desenvolvimentos significativos no Iraque” – isto é, instauração de um governo estável, seis meses após o colapso do predecessor, e perda da autoridade de grupos iraquianos ligados ao Irã.

Em janeiro, uma operação conduzida pelos Estados Unidos executou Qasem Soleimani, ao lado de Abu Mahdi al-Muhandis, liderança de destaque nas Forças de Mobilização Popular do Iraque.

Segundo o jornalista israelense, as milícias pró-iranianas, nas últimas semanas, interromperam uma série de ataques contra tropas americanas posicionadas no Iraque e tentam agora se reintegrar ao exército iraquiano, pois o sucessor de Soleimani, Esmail Qaani, não detém o mesmo status de seu predecessor.

Entretanto, Ben-Yishai declarou que as análises em questão ainda sugerem um retorno iminente do Daesh (Estado Islâmico) à região, à medida que o estado sírio preocupa-se com seus incidentes domésticos e o Líbano vivencia crise grave, à margem da falência nacional.

O repórter reiterou que os regimes árabes estão concentrados em lidar com a pandemia de coronavírus e evitam medidas de larga escala em termos políticos ou militares, sob expectativa das eleições presidenciais americanas, previstas para novembro deste ano.

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