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Com quase um milhão de inativos, taxa de desemprego em Israel sobe 527%

Forças israelenses montam guarda em postos de controle emergenciais estabelecidos como parte das medidas contra o coronavírus (covid-19), para contenção das orações de sexta-feira, em Jerusalém ocupada, 20 de março de 2020 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

A abalada economia israelense demonstra maiores sinais de desaceleração com taxas de desemprego em até 25% devido ao surto de coronavírus. As novas estimativas registram um aumento de quase 8% em somente uma semana; o número de desempregados em Israel chegou a um milhão de inativos pela primeira vez na história do país.

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Nesta quinta-feira (2), o Serviço Nacional de Emprego de Israel anunciou que 1.004.316 pessoas estão desempregadas no país, das quais 35.668 registraram inatividade apenas nos últimos dois dias. Segundo o jornal israelense Jerusalem Post, 7.290 pessoas entraram com pedido para obter benefícios públicos em um período de 14 horas, entre as 17h00 de quarta-feira (1°) e 7h00 da manhã de quinta-feira.

Os números representam um aumento assombroso de 527%, à medida que quase um quarto da força de trabalho israelense está agora desempregada, comparado com apenas 160.000 inativos antes da crise.

Segundo o jornal Times of Israel, Rami Garor, diretor-geral do Serviço Nacional de Emprego, declarou: “Infelizmente, nossas previsões mostram-se verdadeiras e alcançamos um milhão de pessoas em busca de emprego, em março.”

Garor reiterou que sua agência está trabalhando para “criar circunstâncias” nas quais a taxa de desemprego possa ser reduzida, de modo que o mercado de trabalho possa ser reaberto gradualmente tanto quanto possível.

Um plano de resgate econômico no valor de US$22.5 bilhões foi introduzido para auxiliar o mercado nacional a sobreviver à pandemia. O coronavírus assolou a economia israelense e forçou bancos a assumir medidas desesperadas.

Israel luta contra o coronavírus – cartum [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Há apenas uma semana, altíssimas taxas de desemprego e falência generalizada de empreendimentos diante da crise do coronavírus forçaram o Banco de Israel a comprar US$13.4 bilhões em títulos públicos como parte de esforços dramáticos para tentar resgatar a economia nacional diante de um severo declínio.

Antes da pandemia de coronavírus, a taxa de desemprego em Israel permanecia em torno de 3.6%, uma das mais baixas entre os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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