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Cidade Sharm El-Sheikh, do Egito, é fechada ao turismo por medo do coronavírus

Sharm el-Sheikh é uma cidade turística egípcia entre o deserto da Península do Sinai e o Mar Vermelho.Foto de 22 de fevereiro de 2019 [Yessica da Silva Esteves / Flickr]

AAs cidades da província do Sinai do Sul do Egito, incluindo a popular cidade turística Sharm El-Sheikh, estarão fechadas para turistas pelos próximos 14 dias, relata a mídia estatal Al-Ahram sobre a medida do governo para impedir a propagação do coronavírus.

Todos os trabalhadores turísticos serão colocados em quarentena nos hotéis e não poderão sair da província. Os hotéis foram solicitados a higienizar suas instalações diariamente, assim como escritórios governamentais, mesquitas e igrejas.

A decisão segue uma série de medidas, incluindo a suspensão do tráfego aéreo e o fechamento de escolas e universidades.

A decisão de fechar o Sinai do Sul aos turistas foi anunciada ao mesmo tempo em que o governo registrou 14 novos casos de coronavírus no país, elevando o total oficial para 210.

O número oficial de mortos permanece sendo de 6.

No início desta semana, especialistas em doenças do Canadá acusaram as autoridades egípcias de subnotificar maciçamente o número de casos de coronavírus no país por temer que isso esteja afetando a indústria do turismo, que gera receita significativa para o país.

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Utilizando uma mistura de dados de voos, dados de viajantes e taxas de infecção, os especialistas previram mais de 19.000 casos no Egito e destacaram o fato de que pelo menos 97 cidadãos estrangeiros que visitaram o Egito em meados de fevereiro apresentaram sintomas ou deram positivo para CONVID – 19.

A maioria dessas pessoas passou um tempo em cruzeiros no Nilo em Luxor, a cidade turística que se acredita ser a fonte do surto no Egito.

O ministro do Turismo e Antiguidades do Egito, Khaled El-Anani, disse que o bloqueio pode significar perdas de US$ 1 bilhão, enquanto o primeiro-ministro Moustafa Madbouly disse que a suspensão do tráfego aéreo representará US$ 143 milhões em perdas.

No início de março, um turista britânico que voltava para casa depois de uma viagem ao Egito relatou que as pessoas do grupo de turismo de que ele fazia parte não foram testadas para coronavírus, apesar de apresentarem sintomas.

Ele levantou sérias preocupações com o fato de que as únicas pessoas que tiveram sua temperatura medida eram turistas asiáticos ou pessoas de descendência asiática.

Em uma tentativa de controlar a narrativa, o Grande Mufti do Egito alertou os cidadãos contra a disseminação de “boatos falsos, com o objetivo de trair a religião e a pátria” e disse que os egípcios não deveriam “ouvir, exceto fontes oficiais, e não seguir os rumores que visam espalhar o terror. e desestabilizar a segurança nacional “.

As autoridades ameaçaram a prisão de pessoas que divulgavam informações falsas sobre o vírus.

A interrupção do tráfego aéreo, o fechamento de fronteiras e o medo geral de contrair o vírus atingiram destinos turísticos em todo o mundo e as pessoas continuam a cancelar suas férias.

O membro da Câmara de Estabelecimentos Hoteleiros, Sameh Abdel Moneim, pediu ao governo que lance um programa multi bilionário para compensar os trabalhadores do turismo por suas perdas e ajudá-los a encontrar outros empregos, relata o Al-Monitor.

Coronavírus afeta a economia mundial – Cartum [Sabaaneh / Monitor do Oriente Médio]

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