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Grupo de direitos humanos teme tragédia nas prisões do Oriente Médio por coronavírus

Celas prisionais. Foto de 10 de março de 2020 [Danie/Flickr]

Comunicado do Monitor Euro-Mediterrânico de Direitos Humanos alertou, ontem, que um surto do novo coronavírus entre prisioneiros no Oriente Médio “levaria a uma tragédia devastadora em pouco tempo”.

As autoridades devem “libertar imediatamente todos os detidos políticos e prisioneiros de consciência de prisões lotadas e inseguras para protegê-los de pegar o vírus”, acrescentou o grupo.

No comunicado, o Euro-Med lembrou que as prisões no Oriente Médio “estão entre as áreas mais vulneráveis ao surto do coronavírus, pois geralmente estão superlotadas e carecem de higiene e infraestrutura adequadas”.

“Uma única infecção de um guarda penitenciário, visitante, preso ou detento, por esta doença altamente contagiosa, levaria a uma tragédia devastadora em pouco tempo.”

O grupo de direitos humanos saudou as medidas adotadas por alguns dos países do Oriente Médio ao libertar condicionalmente milhares de prisioneiros, incluindo o Irã, que soltou cerca de 70.000, e o Bahrein, que soltou 901.

“Infelizmente, detidos políticos e prisioneiros de consciência ficaram totalmente excluídos de tais indultos, permanecendo presos em piores condições do que os presos normais e sofrendo negligência deliberada”, afirmou o comunicado.

“Seja no Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Israel ou outros, dezenas de milhares de prisioneiros e detidos políticos estão definhando atrás das grades com temores cada vez maiores sobre seu destino, caso o Coronavírus se espalhe em seus locais de cativeiro”.

O comunicado apontou que em Israel existem centenas de presos políticos que agora estão em grave perigo porque um psiquiatra e um guarda da prisão testaram positivo para o coronavírus.

No Egito, dezenas de milhares de prisioneiros políticos são mantidos em confinamento apertado em condições superlotadas e insalubres, privadas de seus direitos mais básicos.

LEIA: Arábia Saudita e EAU reservam US$ 40 bilhões para resgatar economias afetadas pelo coronavírus

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