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Preços do petróleo registram maior queda semanal desde 2008

Taxista iraniano em posto de combustível, em 26 de maio de 2018 [foto de arquivo]

Preços do petróleo caíram nesta segunda-feira (16) à medida que os cortes das taxas de juros da Reserva Federal dos Estados Unidos fracassaram em acalmar os mercados financeiros internacionais, em pânico devido à rápida propagação do novo coronavírus. Além disso, uma guerra nos preços entre produtores globais majoritários – em particular, Arábia Saudita e Rússia – intensifica a crise econômica a partir da superprodução de petróleo.

A classificação Brent de petróleo cru caiu de US$ 2.07 a US$ 31.78 por barril, dando sequência ao decréscimo de 25% do valor registrado na última semana, maior queda desde 2008. O índice dos Estados Unidos para petróleo cru caiu de US$ 1.38 a US$ 30.35 por barril, após registrar valores abaixo de US$ 30 em sessão, apesar das promessas do presidente americano Donald Trump de preencher as reservas estratégicas de petróleo (SPR) no país que mais consome o produto no mundo.

Michael Tran, analista da RBC Capital Markets, afirmou: “Embora isso ajude marginalmente, a política em questão é mínima comparada a um mercado afligido pelo coronavírus, cujo impacto é previsto a meses, além de uma guerra nos preços que espera-se continuar também por muitas temporadas.”

Tran esclareceu que as reservas estratégicas de petróleo compreendem 634 milhões de barris, apenas 80 milhões abaixo da capacidade geral de 714 milhões de barris. Portanto, as compras do governo reduzirão o excedente global por apenas vinte dias. A RBC Capital Markets estima que essa redução alcance fornecimento de 4 milhões de barris por dia.

Os cortes da Reserva Federal dos Estados Unidos pretendiam reduzir as taxas de juros a valores próximos de zero e foram efetuados no último domingo (15), pela segunda vez neste mês. O sistema que abrange os bancos centrais americanos afirmou que deverá aumentar seu orçamento para ao menos US$ 700 bilhões nas próximas semanas, em mais um esforço para atenuar as tensões nos mercados financeiros.

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