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Irã convoca diplomata a serviço dos Estados Unidos para esclarecer acusações americanas

Explosões por ataque a bomba no Iraque [foto de arquivo]

O Irã convocou um enviado suíço que representa interesses dos Estados Unidos à sua capital Teerã, após Washington acusar autoridades iranianas de envolvimento em um ataque recente que resultou na morte de dois funcionários americanos no Iraque. As informações são da Agência Anadolu.

O Embaixador Markus Leitner foi convocado pelo Ministério de Relações Exteriores e “alertado sobre as consequências de qualquer medida equivocada dos americanos”, segundo declaração oficial do ministério iraniano.

“Após comentários infundados do Presidente dos Estados Unidos [Donald Trump] de que a República Islâmica do Irã é responsável pelo ataque contra o Campo Taji, base das forças da coalizão no Iraque, o embaixador suíço em Teerã, que representa interesses americanos, foi convocado a comparecer diante da Diretoria Geral para as Américas do Ministério de Relações Exteriores, na noite de sexta-feira (13) … e notificado dos protestos categóricos de nosso país contra tais comentários”, declarou Seyyed Abbas Mousavi, porta-voz do ministério.

“O representante dos interesses dos Estados Unidos em solo iraniano foi informado na reunião que, ao invés de espalhar acusações, o presidente americano deveria aceitar a verdade sobre as políticas equivocadas de seu país em torno da presença ilegal no Iraque e do assassinato de soldados e comandantes iraquianos, que tornou-se principal razão do repúdio popular no Iraque aos Estados Unidos”, destacou.

Mousavi ainda afirmou que as “políticas equivocadas dos Estados Unidos” no Iraque criaram tensões contínuas no cenário internacional e que oficiais americanos – em particular, Trump – “não podem fugir da responsabilidade ao fazer comentários perigosos e infundados”.

A base aérea militar de Al-Taji, no Iraque, localiza-se 85 km ao norte de Bagdá e abriga tropas da coalizão, incluindo soldados americanos e iraquianos, entre outros. Na quarta-feira (11), Al-Taji foi alvo de dez foguetes Katyusha, segundo informações de segurança da mídia estatal iraquiana.

Dois funcionários a serviço dos Estados Unidos e um cidadão britânico foram mortos e outros doze feridos. A imprensa americana culpou grupos com apoio iraniano pelo atentado no Iraque.

No dia seguinte, a coalizão liderada pelos Estados Unidos de combate ao grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh) atingiu três postos militares iranianos no leste da Síria, segundo fontes locais na cidade de Deir ez-Zur.

A base militar Imam Ali, localizada perto da cidade de Abu Kamal – leste da Síria, perto da fronteira com Iraque –, além de outros pontos militares em áreas industriais da região, foram atingidos por ataques aéreos da coalizão, segundo fontes locais.

Um total de 25 membros de organizações terroristas com supostos laços iranianos, incluindo dois comandantes militares, foram mortos e dezenas de outros foram feridos.

No sábado (14), a base aérea militar de Al-Taji foi atingida por foguetes pela segunda vez em uma semana. Nenhuma baixa ou danos foram reportados.

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