O Departamento de Estado dos Estados Unidos impôs sanções nesta quinta-feira (31) à Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e Autoridade Palestina (AP) — gestão colaboracionista, semiautônoma, radicada em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.
O regime do presidente de extrema-direita Donald Trump acusou ambos de “prejudicar a paz [sic]” na região, ao supostamente violarem Atos de Compromisso de Paz de 1989 e 2002, em ocasiões não-especificadas.
“É nosso interesse de segurança nacional impor consequências e responsabilizar a OLP e a Autoridade por não cumprirem seus compromissos [sic] e prejudicar os prospectos de paz [sic] no Oriente Médio”, afirmou ao Congresso a chancelaria.
Segundo a pasta, as violações incluem ‘internacionalizar o conflito com Israel”, através de apoio aos processos do Tribunal Penal Internacional (TPI) e Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, e “manter apoio ao terrorismo [sic] via incitação e glorificação da violência [sic]”.
Sanções abrangem revogação de vistos de membros e oficiais da OLP e da Autoridade, confirmou o departamento.
A Autoridade Palestina foi instituída mediante concessões dos Acordos de Oslo, após a Primeira Intifada, em 1992, assinados na Casa Branca.
Israel é réu por genocídio no TIJ — corte que julga Estados — por sua campanha militar em Gaza, sob denúncia deferida em janeiro de 2024. Em novembro, o TPI — que julga indivíduos — emitiu mandados de prisão contra o premiê Benjamin Netanyahu.
Neste entremeio, Washington mantém cumplicidade e apoio operacional e diplomático à ocupação israelense, incluindo sanções arbitrárias contra peritos de direitos humanos das Nações Unidas e membros das cortes.
Em Gaza, são ao menos 60 mil mortos, 145 mil feridos e dois milhões de desabrigados em 21 meses, sob cerco, destruição e fome.
LEIA: Além da sombra de Gaza: A guerra invisível pelo futuro da Cisjordânia








