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Artistas chamam boicote ao Spotify por investimentos de CEO em drones militares

4 de julho de 2025, às 17h13

Logotipo do Spotify em 11 de fevereiro de 2024 [Jonathan Raa/NurPhoto via Getty Images]

Em junho, Daniel Ek, diretor executivo (CEO) da empresa de streaming musical Spotify, liderou um investimento de €600 milhões (US$700 milhões) na Helsing, companhia que desenvolve software de inteligência artificial para equipamentos militares — incluindo drones armados. 

Ek é também presidente Helsing, radicada em Munique, na Alemanha.

Em resposta, a banda de art-rock Deerhoof, de San Francisco, removeu seu catálogo do Spotify, ao condenar os investimentos do oligarca sueco, cuja fortuna orbita em US$9.2 bilhões segundo estimativa da revista Forbes.

“Não queremos que a nossa música mate as pessoas”, destacou a Deerhoof, ao apontar para uma decisão “fácil”, dado baixa remuneração da plataforma aos artistas e receios sobre questões éticas e direitos humanos pelos negócios de Ek.

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A Helsing é denunciada por comercializar drones militares e tecnologia de vigilância via inteligência artificial. “A tecnologia de batalha por inteligência artificial é uma novidade na vitrine dos super-ricos”, comentou a Deerhoof.

A Helsing recebeu recursos de outra corporação de Ek, a firma de investimentos Prima Materia.

Para a Deerhoof, neste contexto, a rede de streamings Spotify não passa de um “golpe para garimpar dados”. Ao notar viabilidade do protesto, a banda instou outros músicos a seguirem a deixa e rechaçarem plataformas ligadas a negócios militares.

Aos fãs, a Deerhoof prometeu seguir trabalhando com plataformas éticas.

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