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Israel mata menino palestino durante incursão na Cisjordânia ocupada

26 de junho de 2025, às 10h37

Soldados israelenses bloqueiam ruas do campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, em 19 de fevereiro de 2025 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

O exército israelense executou, com munição real, um menino palestino de 14 anos em Yamun, na região de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, corroborou nesta quarta-feira (25) Crescente Vermelho da Palestina.

Testemunhas relataram à agência Anadolu que soldados israelenses invadiram Yamun e revistaram arbitrária e violentamente lojas e residências, incitando confrontação com a comunidade nativa.

Em incidente paralelo, um outro palestino foi ferido por colonos israelenses ilegais que lançaram pedras contra moradores da aldeia de Asira al-Qibliya, perto de Nablus.

Segundo Hafez Saleh, chefe da aldeia, colonos conduziram um novo pogrom na região, a fim de expulsar as famílias nativas de suas casas, incluindo ao atear fogo a 10 dunams de terras produtivas e disparar contra locais que tentavam protegê-las.

Soldados israelenses realizaram ainda uma operação militar de 16 horas em Ya’bad, no norte da Cisjordânia. A ação contou com invasão de casas e interrogatórios abusivos de habitantes locais, incluindo detenção de dezenas de pessoas.

O prefeito Amjad Atatreh reportou fechamento de todos os pontos de entrada e saída de Ya’bad, com toque de recolher imposto durante toda a operação.

“Casas foram transformadas em quartéis e bens de valor, como dinheiro e joias, foram apreendidos ilegalmente pelas forças israelenses”, destacou Atatreh à Anadolu.

O exército da ocupação também invadiu a cidade de Jenin, revistou lojas e disparou gás lacrimogêneo contra a comunidade.

Desde a deflagração do genocídio israelense em Gaza, em outubro de 2023, o exército da ocupação matou ao menos 977 palestinos na Cisjordânia, além de sete mil feridos e dez mil detidos, em maioria sem julgamento ou sequer acusação.

Em julho último, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, reconheceu a ilegalidade da ocupação nos territórios palestinos, ao instar a evacuação imediata de colonos e soldados.

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