O exército israelense executou, com munição real, um menino palestino de 14 anos em Yamun, na região de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, corroborou nesta quarta-feira (25) Crescente Vermelho da Palestina.
Testemunhas relataram à agência Anadolu que soldados israelenses invadiram Yamun e revistaram arbitrária e violentamente lojas e residências, incitando confrontação com a comunidade nativa.
Em incidente paralelo, um outro palestino foi ferido por colonos israelenses ilegais que lançaram pedras contra moradores da aldeia de Asira al-Qibliya, perto de Nablus.
Segundo Hafez Saleh, chefe da aldeia, colonos conduziram um novo pogrom na região, a fim de expulsar as famílias nativas de suas casas, incluindo ao atear fogo a 10 dunams de terras produtivas e disparar contra locais que tentavam protegê-las.
Soldados israelenses realizaram ainda uma operação militar de 16 horas em Ya’bad, no norte da Cisjordânia. A ação contou com invasão de casas e interrogatórios abusivos de habitantes locais, incluindo detenção de dezenas de pessoas.
O prefeito Amjad Atatreh reportou fechamento de todos os pontos de entrada e saída de Ya’bad, com toque de recolher imposto durante toda a operação.
“Casas foram transformadas em quartéis e bens de valor, como dinheiro e joias, foram apreendidos ilegalmente pelas forças israelenses”, destacou Atatreh à Anadolu.
O exército da ocupação também invadiu a cidade de Jenin, revistou lojas e disparou gás lacrimogêneo contra a comunidade.
Desde a deflagração do genocídio israelense em Gaza, em outubro de 2023, o exército da ocupação matou ao menos 977 palestinos na Cisjordânia, além de sete mil feridos e dez mil detidos, em maioria sem julgamento ou sequer acusação.
Em julho último, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, reconheceu a ilegalidade da ocupação nos territórios palestinos, ao instar a evacuação imediata de colonos e soldados.
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