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Mortes na área de ajuda humanitária prova que pontos de distribuição são armadilhas mortais, diz Hamas

24 de junho de 2025, às 16h13

Milhares de palestinos que lutam contra a fome se reúnem na área de Zakim, no norte de Gaza, para receber ajuda humanitária na Cidade de Gaza, em 22 de junho de 2025. [Khames Alrefi/Agência Anadolu]

O Hamas afirmou na segunda-feira que o crescente número de palestinos mortos devido ao chamado mecanismo de distribuição de ajuda israelense-americana — totalizando 454 mártires e 3.466 feridos em menos de um mês — revela a natureza criminosa desse sistema.

Em comunicado recebido pela agência de notícias Safa, o movimento enfatizou que os chamados pontos de distribuição de ajuda são, na verdade, armadilhas mortais cuidadosamente planejadas. Acrescentou que esses locais estão sendo usados ​​para lidar com a fome e a humilhação como parte de uma política sistemática de genocídio contra o povo da Faixa de Gaza.

O Hamas descreveu os ataques contínuos nesses locais, realizados sob cobertura internacional e com um silêncio vergonhoso, como uma flagrante violação de todas as leis internacionais e normas humanitárias. Afirmou que essa situação impõe à comunidade internacional e às Nações Unidas a obrigação moral e legal de intervir imediatamente para interromper os massacres.

O grupo também pediu a criação de um mecanismo humanitário seguro, sujeito à supervisão da ONU e ao monitoramento internacional independente, para garantir a entrega de ajuda com dignidade e longe do controle e da interferência das forças de ocupação.

O Hamas também enfatizou a necessidade de responsabilização internacional e do julgamento de líderes israelenses por crimes de guerra contra civis desarmados. Também pediu ações imediatas e eficazes para impor um cessar-fogo abrangente e pôr fim ao genocídio que vitimou mais de dois milhões de pessoas sitiadas na Faixa de Gaza.

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