O Irã “provou na prática aquilo com que sempre se comprometeu publicamente: nunca buscamos tampouco buscaremos armas nucleares”, declarou nesta quinta-feira (19) o ministro de Relações Exteriores do país, Abbas Araghchi.
A declaração de Araghchi tenta desmentir acusações de Tel Aviv e nações aliadas, sem provas, voltadas a justificar a recente escalada israelense contra o Estado persa, desde sexta-feira (13).
“Caso contrário, que maior pretexto poderíamos ter para desenvolver tais armamentos desumanos se não a agressão pelo único regime da região que, de fato, possui bombas atômicas”, escreveu o chanceler no Twitter (X).
Araghchi insistiu que seu país age rigorosamente em autodefesa e, até então, somente retaliou contra Israel, e não contra os países que o apoiam.
“À medida que Netanyahu [primeiro-ministro de Israel] fabrica sua guerra para destruir a diplomacia, é preciso que todos nos preocupemos pelas tentativas crescentes de seu regime decadente para livrá-lo dos problemas e expandir as chamas da guerra à região e além”, acrescentou.
Araghchi reiterou também o compromisso de seu país para com a diplomacia. “Salvo o regime ilegítimo, genocida e ocupante de Israel, permanecemos abertos à diplomacia. Como antes, seguimos sérios e prospectivos em nosso ponto de vista”.
Tensões regionais escalaram na última semana, após o exército israelense atacar áreas civis, militares e nucleares no Irã, com 585 mortos e 1.300 feridos desde então.
Teerã respondeu com diversas baterias de mísseis, que romperam a defesa israelense. Ao menos 24 colonos foram mortos, além de centenas de feridos.
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