O exército israelense matou ao menos 32 palestinos e feriu dezenas em ataques aéreos e disparos à queima-roupa em toda a Faixa de Gaza, na manhã desta quarta-feira (18), reportaram testemunhas e médicos locais.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Entre os mortos, estão 11 que aguardavam socorro humanitário no corredor Netzarim, ao sul da Cidade de Gaza, onde forças israelenses abriram fogo. Dezenas foram feridos, alguns em estado grave.
O exército israelense permite entrada bastante limitada de caminhões assistenciais em Gaza sitiada, levando multidões desesperadas de civis a se aglomerarem em centros de distribuição instalados por uma iniciativa de mercenários israelo-americana.
Segundo relatos oficiais, tais multidões são alvejadas por agentes de Israel.
FOTOS: Ataque israelense a campo de refugiados fere e mata diversas crianças em Gaza
Em incidente paralelo, no bairro de al-Zayton, um ataque aéreo israelense atingiu uma casa, matando três pessoas, incluindo uma criança, além de feridos.
No campo de refugiados de Maghazi, no centro de Gaza, mais um bombardeio direto a uma residência matou dez e feriu outros.
Em Khan Younis, no sul do enclave, forças israelenses atacaram ao menos duas tendas de famílias desabrigadas, com oito civis mortos, incluindo crianças.
Israel ignora apelos internacionais por cessar-fogo, ao manter ataques indiscriminados desde outubro de 2023, com cerca de 55.400 palestinos mortos, 125 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.
O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.