Aviões de guerra israelenses conduziram novos ataques aos subúrbios ao sul de Beirute, capital do Líbano, na noite desta quinta-feira (5), reportou a agência de notícias Anadolu.
Aeronaves alvejaram um prédio próximo da Mesquita al-Qaem, como ameaça, à véspera do feriado islâmico do Eid al-Adha, confirmou a imprensa local.
Outros sete ataques israelenses — dois deles, intensos — foram lançados na região, embora o alvo não esteja claro.
Os bombardeios diretos foram precedidos por ao menos sete disparos de “alerta” contra a periferia libanesa, conduzidos por drones israelenses.
Mais tarde, um drone atacou a aldeia de Ain Qana village, seguido por disparos de aviões de guerra contra um edifício.
Residentes nas aldeias de Dibbine e Blat, no distrito de Marjayoun, no sul do Líbano, receberam ameaças israelenses em seus celulares, para evacuarem imediatamente suas casas a serem alvejadas.
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Aviões de guerra israelenses também sobrevoaram baixo áreas no oeste do Bekaa e em Rachaiya, reportou a imprensa.
O exército israelense alertou previamente residentes de Nabatieh, também no sul do Líbano, para evacuarem suas comunidades antes de novos ataques.
Um comunicado, junto a um mapa de supostos alvos do movimento Hezbollah, instruiu moradores a permaneceram ao menos 500 metros longe de diversos edifícios na aldeia de Ain Qana.
Mais cedo, o exército israelense ordenou residentes dos bairros de Hadath, Haret Hreik e Borj al-Barajneh, no sul de Beirute, a deixarem suas casas.
Trata-se do quarto ataque israelense direto à região desde que entrou em vigor o cessar-fogo entre Hezbollah e Tel Aviv, em 27 de novembro de 2024. A trégua encerrou meses de disparos transfronteiriços que escalaram a conflito aberto em setembro.
Forças israelenses, no entanto, mantêm incursões quase diárias no sul do Líbano, sob a alegação de alvejarem atividades do Hezbollah.
Autoridades libanesas reportaram quase três mil violações do cessar-fogo, com 208 mortos e mais de 500 feridos.
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Sob o acordo, Israel deveria retirar-se do sul do Líbano até 26 de janeiro, com prazo estendido — porém descumprido — a 18 de fevereiro. Segue, no entanto, presença militar israelense em ao menos cinco postos de fronteira.
Os ataques coincidem com o genocídio conduzido por Israel em Gaza, com 54.700 mortos e 125 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.