Cerca de 50 mil mulheres grávidas e lactantes em Gaza sofrem grave risco de morte por conta da escassez de medicamentos e insumos nutricionais essenciais, alertou Khalil al-Daqran, porta-voz do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, em entrevista à rede Voice of Palestine.
Al-Daqran reiterou que as taxas de aborto espontâneo aumentaram seis vezes desde a deflagração do genocídio israelense, em outubro de 2023, em paralelo a um aumento drástico nas taxas de nascimentos prematuros.
Unidades neonatais operam para além de sua capacidade, acrescentou.
Al-Daqran reafirmou que a ocupação israelense continua a alvejar sistematicamente as instalações civis em Gaza, cujo sistema médico beira o colapso.
Vinte e três hospitais fecharam as portas e as instalações restantes funcionam apenas parcialmente, em meio a falta crítica de insumos médicos e combustível.
Al-Daqran notou que mais de 12 mil pacientes com câncer permanecem sem acesso ao tratamento, com média de óbito de cinco pacientes por dia. Pacientes renais se somam às baixas, sem recursos de diálise devido ao cerco.
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