O chefe do Alto Comissariado para Assuntos Tribais da Faixa de Gaza, Hosni Al-Mughanni, afirmou na terça-feira que o fracasso do mecanismo israelense-americano de distribuição de ajuda em Gaza se deveu à exclusão de organizações humanitárias internacionais e sua substituição por empresas de segurança privadas, segundo a Agência Anadolu.
Em um comunicado, Al-Mughanni afirmou que tribos e famílias palestinas “resistiram às tentativas da empresa americana de executar seu plano explorando moradores locais”, enfatizando que os palestinos “se mantiveram firmes” contra o que ele chamou de “uma conspiração para engendrar a fome”.
Ele explicou que “o mecanismo visava engendrar a fome do nosso povo palestino por meio de humilhação e perseguição. Isso levou ao caos, que é um resultado natural da política de privação e das tentativas maliciosas de deslocar pessoas”.
Al-Mughanni acrescentou: “O fracasso do plano americano era esperado, pois excluiu o sistema humanitário internacional que atua na Faixa de Gaza há mais de sete décadas. Isso lembra a experiência da Blackwater, uma empresa de segurança privada com sede nos EUA, que torturou o povo iraquiano sob o pretexto de liberdade e comida, e agora busca replicar isso em Gaza”.
O chefe de assuntos tribais enfatizou que “o povo palestino, que enfrenta fome, abusos, assassinatos e deslocamentos, agora se mantém firme contra o mecanismo da fome e a engenharia da fome em Gaza, e está revelando a verdadeira face desse mecanismo de morte e privação”.
Mais cedo na terça-feira, milhares de palestinos famintos invadiram centros de distribuição de ajuda criados por Israel nas chamadas “zonas-tampão” no sul da Faixa de Gaza, onde as forças israelenses abriram fogo, ferindo várias pessoas, de acordo com o escritório de mídia do governo em Gaza.