Médica palestina recebe os restos mortais carbonizados de seus nove filhos após um ataque aéreo israelense contra sua casa no sul de Gaza

6 meses ago

Warning: foreach() argument must be of type array|object, null given in /www/wwwroot/monitordooriente.com/wp-content/plugins/amp/includes/templates/class-amp-post-template.php on line 236

A médica palestina Alaa al-Najjar, pediatra do Complexo Médico Nasser, ficou devastada com a chegada dos corpos e restos mortais de nove de seus filhos ao hospital onde trabalha. Eles morreram queimados em um ataque aéreo israelense contra a casa de sua família na área de Qizan al-Najjar, ao sul de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

De acordo com equipes da Defesa Civil, ontem, sexta-feira, o bombardeio destruiu completamente a casa da família e provocou um grande incêndio que consumiu seu interior. As equipes recuperaram os corpos de nove mártires, incluindo oito crianças carbonizadas. Seu marido, Dr. Hamdi al-Najjar, ficou gravemente ferido e foi transferido para a UTI.

Testemunhas oculares relataram que a Dra. Al-Najjar desmaiou ao identificar os restos mortais de seus filhos, com idades entre 2 e 12 anos, após eles chegarem ao hospital.

O Dr. Munir Al-Barsh, Diretor-Geral do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, explicou que a Dra. Alaa tem dez filhos, sendo o mais velho menor de 12 anos. Ela saiu naquela manhã com o marido para trabalhar, mas a casa deles foi atacada minutos após o retorno do marido.

LEIA: 70% das vítimas de queimaduras em Gaza são crianças, aponta MSF

O bombardeio resultou na morte das crianças Yahya, Rakan, Raslan, Jubran, Eve, Rifan, Saydin, Luqman e Sidra. O décimo filho, Adam, sobreviveu com ferimentos.

Al-Barsh acrescentou: “Esta tragédia reflete a realidade do pessoal médico em Gaza. Os profissionais de saúde não são alvos apenas em seus locais de trabalho, mas também em suas casas e em suas famílias. Não há palavras para descrever a magnitude da tragédia.”

Este crime faz parte de uma série de ataques israelenses intensos à província de Khan Yunis e outras áreas da Faixa de Gaza nas últimas semanas, que custaram a vida de centenas de pessoas, a maioria mulheres e crianças, em meio a crescentes acusações internacionais de crimes de guerra contra civis.

Com apoio americano e europeu, Israel vem cometendo genocídio na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, resultando em mais de 175.000 mortos e feridos palestinos, a maioria crianças e mulheres, além de mais de 14.000 desaparecidos.

LEIA:  Defensor de Israel diz: “Estou bem com quantas crianças mortas forem necessárias”

Sair da versão mobile