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Damasco se recusa a aderir aos Acordos de Abraão

30 de abril de 2025, às 08h40

(Da esquerda para a direita) O Ministro das Relações Exteriores do Bahrein, Abdullatif al-Zayani, o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o Ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al-Nahyan, seguram documentos após participarem da assinatura dos Acordos de Abraão, onde os países Bahrein e Emirados Árabes Unidos reconhecem Israel, na Casa Branca em Washington, DC, 15 de setembro de 2020 [Saul Loeb/AFP via Getty Images]

Damasco rejeitou uma proposta dos EUA para aderir aos Acordos de Abraão e, em vez disso, pediu um diálogo mais amplo com Washington sobre a questão dos combatentes estrangeiros na Síria, informou a Al-Quds Al-Arabi.

De acordo com detalhes revelados pela Syria TV, o governo sírio respondeu formalmente a um conjunto de condições estabelecidas pelos Estados Unidos em troca do alívio das sanções a Damasco. Entre essas condições estava um pedido para que a Síria aderisse aos Acordos de Abraão — acordos assinados para normalizar os laços entre Israel, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein sob o patrocínio dos EUA.

Fontes familiarizadas com o assunto disseram que Damasco rejeitou a proposta, afirmando que os acordos foram firmados por Estados que “não possuem terras ocupadas sob controle israelense”, enquanto a Síria permanece em conflito com Israel pelas Colinas de Golã.

Apesar de rejeitar os acordos, o governo sírio enfatizou em sua resposta oficial que está comprometido em construir um Estado que não busque ameaçar nenhuma parte na região.

A resposta síria também abordou a questão controversa dos combatentes estrangeiros, um ponto-chave nas condições dos EUA. Washington havia solicitado sua remoção e buscado aprovação para conduzir ataques militares em território sírio. Em resposta, Damasco insistiu que o assunto requer consultas mais amplas com os EUA antes que quaisquer medidas possam ser tomadas.

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