Damasco rejeitou uma proposta dos EUA para aderir aos Acordos de Abraão e, em vez disso, pediu um diálogo mais amplo com Washington sobre a questão dos combatentes estrangeiros na Síria, informou a Al-Quds Al-Arabi.
De acordo com detalhes revelados pela Syria TV, o governo sírio respondeu formalmente a um conjunto de condições estabelecidas pelos Estados Unidos em troca do alívio das sanções a Damasco. Entre essas condições estava um pedido para que a Síria aderisse aos Acordos de Abraão — acordos assinados para normalizar os laços entre Israel, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein sob o patrocínio dos EUA.
Fontes familiarizadas com o assunto disseram que Damasco rejeitou a proposta, afirmando que os acordos foram firmados por Estados que “não possuem terras ocupadas sob controle israelense”, enquanto a Síria permanece em conflito com Israel pelas Colinas de Golã.
Apesar de rejeitar os acordos, o governo sírio enfatizou em sua resposta oficial que está comprometido em construir um Estado que não busque ameaçar nenhuma parte na região.
A resposta síria também abordou a questão controversa dos combatentes estrangeiros, um ponto-chave nas condições dos EUA. Washington havia solicitado sua remoção e buscado aprovação para conduzir ataques militares em território sírio. Em resposta, Damasco insistiu que o assunto requer consultas mais amplas com os EUA antes que quaisquer medidas possam ser tomadas.