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Trump diz que ele e Netanyahu estão do mesmo lado em todas as questões

24 de abril de 2025, às 18h05

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (à dir.), e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (à esq.), apertam as mãos ao saírem após uma coletiva de imprensa conjunta no Salão Leste da Casa Branca, em Washington, D.C., EUA, em 4 de fevereiro de 2025 [Kyle Mazza/Agência Anadolu]

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou estar do mesmo lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em todas as questões. Trump fez o comentário em uma publicação nas redes sociais na terça-feira (22), após uma conversa telefônica com Netanyahu.

“Acabei de falar com o primeiro-ministro de Israel, Bibi Netanyahu, sobre vários assuntos, incluindo comércio, Irã, etc. A conversa correu muito bem; estamos do mesmo lado em todas as questões.”

De acordo com a Agência Anadolu, a conversa é de grande importância, pois ocorreu em um momento em que as negociações entre os EUA e o Irã estão em andamento. A agência acrescentou que uma declaração mais abrangente sobre a conversa deverá ser emitida pela Casa Branca posteriormente.

Sobre o adiamento do plano israelense de atacar instalações nucleares iranianas, Trump disse em 18 de abril: “Eu não diria que descartei o plano israelense de atacar o Irã, [pelo contrário] não tenho pressa em fazê-lo.” Ele alertou que, se o Irã não aceitar o acordo nuclear, uma segunda opção estará em pauta.

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Roma sediou a segunda rodada de negociações nucleares na residência do embaixador de Omã no sábado. O Irã foi representado pelo Ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, idealizador do acordo nuclear de 2015, enquanto a delegação americana foi chefiada pelo enviado especial do presidente para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Mascate sediou a primeira rodada de negociações entre o Irã e Washington em 12 de abril. As negociações foram bem recebidas pelos países árabes e descritas pela Casa Branca como muito positivas e construtivas.

A segunda rodada de negociações é a segunda reunião de alto nível entre os dois países desde que o presidente americano, Donald Trump, se retirou do histórico acordo nuclear de 2015, durante seu primeiro mandato presidencial, que estipulava o alívio das sanções internacionais ao Irã em troca de restrições ao seu programa nuclear. Teerã aderiu ao chamado Plano de Ação Integral Conjunto por um ano inteiro após a retirada de Trump, antes de reduzir gradualmente seus compromissos.

Trump descreveu o acordo como ruim, porque não era permanente e não abordava o programa de mísseis balísticos do Irã, entre outras questões. Como resultado, ele reimpôs sanções americanas como parte da campanha de “pressão máxima” que visa forçar o Irã a negociar um novo acordo ampliado.

Dados os atuais desenvolvimentos regionais e o declínio da influência iraniana na região, o governo americano, sob pressão de Israel, busca desmantelar completamente o programa nuclear de Teerã. Teerã rejeita essa proposta, afirmando seu direito ao uso pacífico da energia nuclear.

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