O Canal 12 de Israel noticiou que o governo de ocupação israelense está considerando a prender novamente de prisioneiros palestinos libertados como parte dos acordos de troca de prisioneiros com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), em uma tentativa de pressionar o movimento a aceitar os termos de um novo cessar-fogo e acordo de troca de prisioneiros.
O canal afirmou que essa medida ocorre após uma série de outras tomadas recentemente por Israel, incluindo a proibição da entrada de ajuda humanitária em Gaza e o corte de energia elétrica na área de Al-Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.
Também noticiou que as autoridades israelenses estão explorando a possibilidade de realizar uma campanha de prisões em massa visando dezenas de ex-prisioneiros, particularmente aqueles libertados na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental, como parte dos acordos firmados durante a guerra em Gaza.
Israel libertou centenas de prisioneiros palestinos em troca da libertação de prisioneiros israelenses mantidos pelo Hamas, como parte das duas fases dos acordos de cessar-fogo intermediados pelo Catar e Egito e apoiados pelos EUA, desde o início da guerra genocida de 19 meses.
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O canal noticiou que a ideia de recapturar prisioneiros foi levantada em reuniões ministeriais anteriores, mas o setor de segurança se opôs à ideia na época, considerando-a ineficaz.
Acrescentou que a crescente pressão de alguns ministros, incluindo o das Finanças de extrema direita, Bezalel Smotrich, recentemente colocou a proposta de volta à mesa.
O gabinete deve discutir isso durante reunião, juntamente com outras questões, principalmente a definição de um prazo para o Hamas responder à proposta dos EUA, que inclui a libertação de dez prisioneiros e a exploração de maneiras de encerrar a guerra.
Observou também que Israel pode mudar sua estratégia se um acordo não for alcançado antes do prazo previsto, mudando seu objetivo de chegar a um acordo para libertar os prisioneiros para intensificar os combates com o objetivo de “derrotar o Hamas”.